Os dois gostam da luta em pé e não têm medo da intensidade do combate. Pelo contrário. Quanto mais pesada for a trocação, melhor para Edson Barboza e Justin Gaethje. É por esse motivo e por tantos outros que o duelo entre o friburguense e o americano, no próximo sábado, 30, pelo UFC Philadelphia, na Pensilvânia, EUA, gera tanta expectativa. Não à toa o combate será o principal de mais uma noite de Ultimate, onde Edson tentará emplacar a segunda vitória consecutiva.
“O Justin é um atleta extremamente perigoso, pois ele vem pra briga e é aguerrido. Vai ser um grande combate, e pode ser uma das maiores lutas do ano”, aposta o mestre Anderson França, um dos treinadores do brasileiro.
Depois de perder para Khabib Nurmagomedov e Kevin Lee, Barboza conquistou um triunfo por nocaute sobre Dan Hooker no UFC on Fox 31, realizado em dezembro. O atleta de Nova Friburgo atualmente ocupa a sexta posição no ranking dos leves do Ultimate. Já Gaethje está no sétimo lugar do ranking, e tem retrospecto semelhante ao de Edson.
Depois de sofrer derrotas para Eddie Alvarez e Dustin Poirier, Justin conquistou uma bela vitória sobre James Vick, em agosto. Antes de reencontrar o caminho das vitórias, Edson Barboza passou por mudanças importantes na vida profissional. De Nova Jersey, onde era companheiro de time de Frankie Edgar, Marlon Moraes e Eddie Alvarez, treinando com Mark Henry, Nick Catone e Ricardo Cachorrão, o atleta friburguense foi para a Flórida, juntamente com a família, onde passou a integrar a equipe da American Top Team, em Coconut Creek.
A última luta do Edson marcou o fim de um momento instável do friburguense, e logo depois da última luta, ele comentou sobre as inúmeras dificuldades enfrentadas. Por conta dessas adversidades, a vitória sobre Hooker teve gosto especial, e pode ser decisiva para recolocar o friburguense no caminho para voltar a figurar entre os primeiros do ranking.
“Essa última luta do Edson teve uma coisa muito especial para mim, pois ele vinha de duas derrotas. A gente fez um camp maravilhoso, e foi uma das lutas que mais me emocionaram dentre todas. Eu queria muito ajudar o Edson a vencer de novo, e assim aconteceu, com uma grande performance. Para esta luta de agora, eu estive no Brasil por um tempo, mas deixei tudo pronto pra ele, a estratégia da luta. Conversamos bastante sobre isso, e ele concordou.”, pontua França.
Com Edson motivado e a preparação feita, a esperança é por mais uma boa apresentação do friburguense, que já soma 20 vitórias na organização. “Toda vez que eu entro no octógono, as pessoas sabem que a luta será divertida. Muitas vezes você treina bem, tem um camp ótimo, corta o peso bem, sobe no octógono para lutar... e perde. O mundo da luta é assim. Às vezes você ganha, outras vezes, perde. Eu vinha de duas derrotas e as pessoas me perguntavam se eu sentia alguma pressão. Claro que não. O MMA é assim. Eu odeio perder”, garante o lutador.
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