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Tem muita gente na equipe de A VOZ DA SERRA que é poeta e não sabe. Guilherme Alt está no meio dessa gente querida. Somente leio o Editorial do Caderno Z depois de compor meu texto, isso para não me influenciar na hora de escrever. Li Guilherme e constatei – prosa poética e ele nem fica prosa por ser poeta. E é na sua poesia que inauguro a viagem de hoje em homenagem ao Dia Nacional do Artesão – “É na ponta dos dedos, no trançar das agulhas, no martelar dos pregos...” que o Z esbanja habilidades para traduzir o artesanato friburguense. Para começar, aprendemos sobre a diferença de artesanato e trabalho manual. O primeiro, resumindo, é resultado de um trabalho manual, com predominância de produtos de transformação de materiais, com habilidades criativas, com identidade nas peças. Já o trabalho manual não requer o uso de matéria prima transformada nem individualidade das peças.
Um passeio pelo Pavilhão das Artes e ficamos maravilhados com a criatividade dos nossos artistas. Não sem razão, a classe artesã está muito bem representada em seus depoimentos. O espaço, no dizer dos expositores, não poderia estar melhor. Há uma enorme variedade de peças, de cama, mesa, banho e outras utilidades. Como expressa a artesã Lenir Burty – “Esse espaço foi um presente dos céus para nós”. Na verdade, é ganho em todos os sentidos e mais um cartão de visitas para Nova Friburgo. Aliás, são cerca de quatrocentos artesãos cadastrados na cidade e há cadastro de cinco associações do setor de artesanato junto à Secretaria de Turismo. E vamos “Palavreando” com Wanderson Nogueira, “pescando olhares”, pois “é necessário seguir sempre, porque até parado você segue...”. Grande poeta Wanderson Nogueira, bem-vindo ao Caderno Z.
Uma boa nova - A Universidade Federal Fluminense em Nova Friburgo “começa a atender surdos na clínica-escola de Fonoaudiologia”. Várias providências estão sendo tomadas para melhorar o atendimento. “Pessoas de qualquer idade já podem procurar o local”, e cerca de 150 pacientes já são atendidos semanalmente.
Outra maravilha é a revitalização do Véu das Noivas. A notícia é super alvissareira. Embora o projeto ainda esteja no papel, as discussões entre as partes – Energisa e Prefeitura, estão acontecendo de modo a firmarem um possível acordo. São mais de dez anos de abandono, após a tragédia de 2011. O turismo agradecerá!
Sobre o Dia Internacional do Contador de Histórias – 20 de março, Ana Borges conversou com Selma Machado, especialista em contação de histórias. Nos depoimentos de “Sesel” sentimos o amor que envolve o seu dom de encantar e cativar o público. Além do encantamento, há o “papel transformador” que o trabalho desenvolve.
Transformar a sociedade em algo melhor é a tônica de toda proposta social. Até nos remete a sentimentos de pesar quando é preciso modificar um espaço público em função de se evitar ocupação indevida, como no caso da retirada da mureta “em frente ao Cavalo Preto”. A pracinha, de uso de lazer para a comunidade, perde suas características para não dar espaço para pessoas em situação de rua. Essas, por sua vez, vão ocupar outros locais e, assim por diante, a bola de neve vai rolando, aumentando, e a complexidade do problema permanece. O que se há de fazer?
Parabéns Sérgio Louback assumindo agora uma vaga de deputado estadual na Alerj. Animado com a nova função, Louback espera trazer “o governo para o interior”. Falando em governo, em “Há 50 Anos” elogiava-se a atuação do governador Geremias Fontes. Enquanto isso, no presente ano, “Massimo” lembra os ex-governadores já presos. A cada dia uma novidade mais escabrosa, pois como ressalta David Massena – “Muita água ainda vai rolar”. Haja cadeia para tanta corrupção. E vamos fechando a viagem com o Pinçado da Internet: “As palavras são a nossa condenação. Com palavras se ama, com palavras se odeia”.
Melhor amar, porque o amor é um sentimento enorme, sem limites ou fronteiras, e muito leve para os nossos ombros. Até mais, minha gente!
Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
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