No final de 2018, mais uma troca no comando da Secretaria de Educação de Nova Friburgo foi anunciada: saiu Renato Satyro e entrou, novamente, Igor Pinto, então subsecretário, que nas trocas anteriores havia ocupado o cargo de forma interina. Às vésperas do início de mais um ano letivo, A VOZ DA SERRA conversou com Igor, atual secretário da pasta que assumiu de forma oficial o cargo.
AVS: Quais são as metas para este 2019?
Igor Pinto: Temos inicialmente a questão do reajuste salarial dos servidores e os cursos de capacitação para todos os profissionais da secretaria, incluindo professores, orientadores pedagógicos, merendeiras, auxiliares de serviços gerais e de creche, enfim… todos os funcionários ligados à Educação e a efetivação dos 190 auxiliares de sala, cujo processo seletivo está em andamento. Vamos fazer um curso de aprimoramento em gestão escolar para diretores da rede. Referente às obras, temos a pretensão de concluir ainda no 1º semestre a Escola JK, no bairro Varginha, os CMEIs (creches) João Batista Faria na Vilage e Isabel Jovelina, este no Rui Sanglard; concluir a obra do ginásio Rei Alberto no distrito de Campodo Coelho, cobertura da quadra da Escola Municipal São Pedro da Serra, 1ª colocada no Ideb do estado. Estamos prevendo aind licitar o novo Colégio Odette Penna Muniz, que terá nova sede na Rua Prudente de Moraes e a construção de uma escola e creche em Córrego Dantas, cujo terreno já foi desapropriado no ano passado. O projeto da obra já está sendo elaborado.
Dentro dessas metas, o que será mais desafiador?
Nossos desafios este ano são as obras, que demoram muito devido às empresas que participam das licitações não conhecerem a realidade do município e termos que ficar notificando-as por conta da demora e cobrando multas contratuais. Com isso a empresa perde e a comunidade também.
Recentemente, estivemos no Parque das Flores e muitas famílias entraram em contato conosco para fazer um apelo e pedir a viabilização de uma creche na localidade ou que seja perto da região. Existe essa possibilidade?
Não está contemplada essa hipótese na previsão orçamentária para 2019, mas podemos iniciar um projeto e canalizar para o orçamento de 2020. Sabemos que é uma demanda daquela comunidade.
Estamos na metade do mandato e já foram três trocas de comando da Secretaria de Educação. Como dar continuidade a um plano de metas com as constantes mudanças?
Creio que não existe descontinuidade nos planos e metas da secretaria pois a mudança de secretário foi só no nome, uma vez que os subsecretários continuaram os mesmos desde o primeiro dia desta gestão, assim como as equipes. Ou seja, tudo o que foi planejado pelo governo está sendo executado com foco, agora comigo à frente, e eu vou me empenhar para manter o trabalho.
O senhor considera a educação municipal, uma educação de qualidade?
A nossa rede não perde em nada para escolas privadas do município porque os mesmos profissionais que atuam nas escolas privadas atuam também na rede municipal. Os livros da rede privada não são melhores do que os oferecidos pelo MEC. Temos um curriculum comum e o conteúdo é o mesmo. Por isso, penso que não perdemos em qualidade. Tem ainda as estruturas das nossas unidades municipais, principalmente creches, que muitas vezes são melhores do que algumas privadas. E eu acredito tanto na educação pública que meu filho e também os filhos da sub pedagoga, Patrícia Azevedo, estudam em escolas municipais. Isso é a maior prova da gente acreditar no trabalho que faz, colocar os nossos filhos nas unidades que temos oportunidade de gerir. Nossa rede não perde em nada para a particular.
Ano passado tivemos muitas reivindicações de professores, inclusive com manifestações e greve. Que garantias terão os professores da rede municipal quanto a salário e condições de trabalho?
Uma das prioridades foi o pagamento em dia, já que a prioridade do governo municipal é sempre o servidor. Com relação aos profissionais de educação, no último ano, o prefeito Renato Bravo equiparou o salário de professor com o piso nacional. Esse foi o maior investimento feito no cargo da história de Nova Friburgo. Em relação ao salário, tenho certeza que a prefeitura não vai deixar de honrar esse compromisso. Pensando nas condições de trabalho, temos escolas equipadas e muito bem estruturadas. Além disso, o prefeito oficializou a redução da carga horária que era uma reivindicação antiga e que ficava sempre na esfera verbal.
Em termos estaduais e nacionais, a educação municipal está em que posição no ranking de avaliação? O senhor considera satisfatório?
Acho satisfatórios os índices da avaliação educacional pois estamos entre os dez melhores do estado. Mas também acho que podemos melhorar pois um município como Nova Friburgo deveria estar entre os cinco melhores, mas isso não se faz em um governo. Esse resultado demanda um certo trabalho e tempo investidos. Acho que o investimento do prefeito nas “pratas da casa”, como eu e a sub pedagoga, que somos concursados, ajuda na evolução da nossa Educação.
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