Onze dos 13 médicos selecionados para substituir os cubanos em Nova Friburgo começaram a realizar atendimentos à população nos postos de saúde do município nesta segunda-feira, 10.Eles foram alocados nos bairros Cordoeira e São Geraldo e em outras Unidades Básicas de Saúde (UBS) que compõem o programa de Estratégia em Saúde da Família. Todos são brasileiros. Só um é friburguense.
No município, desde a última semana, os profissionais participaram de uma reunião na sexta-feira, 7, com o prefeito Renato Bravo e a secretária municipal de Saúde, Tânia Trilha. Dois deles já atuavam na rede municipal. Com a transferência desses dois médicos contratados pelo município para o programa do governo federal, duas vagas foram abertas na rede. A prefeitura informou que vai preenchê-las, mas não disse quando.
Os outros dois médicos que ainda não se apresentaram à Secretaria Municipal de Saúde têm até a próxima sexta-feira, 14, para entregar os documentos necessários à contratação. Se isso não for feito no prazo, as duas vagas remanescentes serão oferecidas na segunda fase de seleção do programa Mais Médicos. Poderão participar desta etapa médicos com registro no país ou formados no exterior, mesmo sem revalidação do diploma.
Em todo o país, pelo menos 106 vagas não foram ocupadas, informou o Ministério da Saúde esta semana. De acordo com o levantamento, não houve interessados para o distrito indígena Médio Purus, no Amazonas, e em outros dois municípios: Terra Santa, no Pará, e Castanheiras, em Rondônia. Também foi publicado na segunda-feira o edital da segunda fase do programa. As inscrições começaram ontem, 11, em www.maismedicos.gov.br.
A saída dos cubanos
O primeiro edital do Mais Médicos foi lançado emergencialmente, no último dia 20 de novembro, após o governo de Cuba romper o termo de cooperação com Brasil, atribuindo a decisão a declarações “depreciativas” do presidente eleito Jair Bolsonaro que afirmou ter a intenção de só aceitar no programa médicos cubanos com diplomas revalidados e que recebessem a bolsa integral. O governo de Cuba ficava com 70% do dinheiro pago aos médicos.
Em Nova Friburgo, 11 médicos cubanos tiveram que deixar as unidades de saúde e voltaram para a ilha caribenha. Outros ficaram no país para tentar um nova oportunidade. Eles atuavam nos postos dos bairros Cordoeira e São Geraldo e nas demais Unidades Básicas de Saúde. Com a saída, a Secretaria Municipal de Saúde teve que remanejar profissionais. Não houve, contudo, interrupção nos atendimentos no município, segundo a prefeitura.
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