A recente proposta de aditivo de contrato segundo a qual a Prefeitura de Nova Friburgo deverá subsidiar as gratuidades praticadas pela concessionária do transporte público pode ultrapassar R$ 7 milhões ao ano, segundo a coluna do Massimo.
Em Niterói, um suposto esquema de pagamento de propinas envolvendo o ressarcimento das gratuidades praticadas pelas empresas de ônibus da cidade levou à prisão, nesta segunda-feira, 10, do prefeito Rodrigo Neves (PDT), por ação de uma força-tarefa do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil. Neves foi denunciado por desvio de mais de R$ 10 milhões da verba de transporte do município entre 2014 e 2018.
As investigações apontam que o pagamento de propinas se dava numa espécie de contrapartida pelo ressarcimento das gratuidades praticadas pelas empresas de ônibus de Niterói. As empresas deveriam ser compensadas mensalmente pelas passagens que deixam de cobrar. Mas, de acordo com a promotora Talita Harduin, o prefeito vinha atrasando esses pagamentos como forma de constranger os empresários para que devolvessem 20% desse montante em forma de propina.
“As investigações nos demonstram que a base dos sistemas políticos está também corroída. É preciso quebrar esse ovo da serpente que é a corrupção municipal, que é base de todo o arcabouço do sistema político”, afirmou o promotor Túlio Caiban.
Além de Rodrigo Neves, também foram presos Domício Mascarenhas de Andrade, ex-secretário municipal; João Carlos Félix Teixeira, presidente do consórcio TransOceânico e sócio da Viação Pendotiba; e João dos Anjos Silva Soares, presidente do consórcio Transnit e sócio da empresa de ônibus Ingá.
De novo, como tem acontecido em relação a diversas operações realizadas nas redondezas, não é difícil encontrar semelhanças com a realidade friburguense, afirma o colunista.
De imediato, há a constatação de que o Palácio Barão de Nova Friburgo também já priorizou pagamentos para alguns fornecedores ou prestadores de serviços em detrimento de outros, quebrando a ordem cronológica da lista de espera. Da mesma forma, tanto lá como cá, há concessionário operando o transporte coletivo com autorização precária.
A principal semelhança, todavia, diz respeito à recente proposta de aditivo de contrato segundo a qual nossa prefeitura também deverá subsidiar as gratuidades praticadas pela concessionária, em valor a ser reconhecido como dívida que pode ultrapassar R$ 7 milhões ao ano, segundo a coluna apurou.
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