Adesão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids faz 30 anos

Desde as primeiras descobertas do vírus, ainda no fim da década de 70, mais de 77 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV
sábado, 01 de dezembro de 2018
por Jornal A Voz da Serra
Adesão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids faz 30 anos

O Brasil celebra neste sábado, 1º de dezembro, 30 anos da adesão ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, que ainda causa muitas novas vítimas em todo o planeta, embora as novas projeções demonstrem otimismo quanto aos avanços que tem sido dados no combate à epidemia.

Diante de todo o estigma que o HIV/Aids, torna-se essencial a educação e informação em torno do tema, especialmente nas escolas, como destaca a infectologista Délia Engel em sua entrevista, tendo em vista o crescimento de novas infecções entre jovens e adultos acima de 60 anos. Estamos vivendo uma nova fase da epidemia.

Desde as primeiras descobertas do vírus, ainda no final da década de setenta, 77,3 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, sendo que 35,4 milhões de pessoas morreram em decorrência das complicações da Aids, segundo relatório da UNAIDS, programa das Nações Unidas de combate à epidemia, que aterrorizou o mundo com seu surgimento, desencadeando uma “crise social”, como a caracterizou o sociólogo brasileiro Herbert de Souza, o Betinho.

Uma das barreiras à luta contra a epidemia é o estigma que existe ao redor da doença, que muitas vezes “obriga” as pessoas infectadas a manterem sigilo sobre sua condição de saúde. Podemos pegar como exemplo os casos de Renato Russo, líder do grupo Legião Urbana, e de Freddie Mercury, que só revelou publicamente sua doença um dia antes de sua morte. Por outro lado, temos exemplos de personalidades como Magic Johnson e o próprio Betinho, atuantes na luta contra a doença. Embora ainda não exista uma cura para a Aids, a luta e a esperança viverão para sempre.

Que este caderno possa auxiliar na melhor compreensão a respeito de tão importante tema. A todos os portadores do vírus, amigos, parceiros e familiares, prestamos aqui nossa mais profunda solidariedade. A luta é de todos nós.

Desde as primeiras descobertas do vírus, ainda no final da década de 1970, 77,3 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV, sendo que 35,4 milhões pessoas morreram em decorrência das complicações da Aids, segundo relatório da UNAIDS, programa das Nações Unidas de combate à epidemia, que aterrorizou o mundo com seu surgimento, desencadeando uma “crise social”, como a caracterizou o sociólogo brasileiro Herbert de Souza, o Betinho.

Uma das barreiras à luta contra a epidemia é o estigma que existe ao redor da doença, que muitas vezes “obriga” as pessoas infectadas a manterem sigilo sobre sua condição de saúde. Podemos pegar como exemplo os casos de Renato Russo, líder do grupo Legião Urbana, e de Freddie Mercury, que só revelou publicamente sua doença um dia antes de sua morte. Por outro lado, temos exemplos de personalidades como Magic Johnson e o próprio Betinho, atuantes na luta contra a doença. Embora ainda não exista cura para a Aids, a luta e a esperança não morrem.

Que esta edição do Z possa auxiliar na melhor compreensão a respeito de tão importante tema. A todos os portadores do vírus, amigos, parceiros e familiares, prestamos aqui nossa mais profunda solidariedade. A luta é de todos nós. Bom fim de semana!

Números recentes sobre o HIV

Durante a Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Aids, ocorrida em junho deste ano em Nova York (EUA), foi adotada uma nova Declaração Política, com novas metas, mais efetivas, no controle da epidemia. Além disso, prevê que o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, informe regularmente a Assembleia Geral sobre os avanços na realização dos compromissos estabelecidos no encontro.

O novo relatório da UNAIDS – programa das Nações Unidas de combate à Aids, publicado em 2018, demonstra que houve avanços na testagem e tratamento do HIV. Em 2017, 75% das pessoas contaminadas pelo vírus estavam cientes de sua sorologia. Não obstante, também alerta para a urgência do tratamento de 9,4 milhões de pessoas que ainda desconhecem sua convivência com o HIV. O relatório associa este problema ao estigma e discriminação às quais o paciente está submetido, “tanto pela sociedade como nos próprios serviços de saúde”.

Segundo o relatório da UNAIDS, o Brasil ganha destaque por utilizar recursos próprios no controle da epidemia entre as populações-chave, o que é digno de nota, uma vez que se trata de um país “em desenvolvimento”. Além disso, o Brasil se destaca pela adoção do autoteste de HIV, que pode ser realizado pela própria pessoa, sem a necessidade de um profissional.

Em relação à combinação de tecnologias de prevenção, o Brasil também é enaltecido pelo programa de profilaxia pré-expositória (PrEP). Este programa atende aos seguintes públicos: profissionais do sexo, gays, homens que fizeram sexo com outros homens, transsexuais e casais com relacionamentos extraconjugais.

Segundo o relatório, 77,3 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia. Deste total, 35,4 milhões (45,8%) faleceram devido a complicações da Aids. Do total de pessoas diagnosticadas com o HIV, apenas 21,7 milhões (58,8%) destas pessoas tiveram acesso à terapia antirretroviral (ART). E dos 36,9 milhões de infectados em 2017, 35,1 milhões eram adultos e 1,8 milhão eram crianças com menos de 15 anos.

Na África Subsaariana, três a cada quatro novas infecções (75%) se deram entre meninas com idades entre 15 e 19 anos, numa região em que todas as semanas cerca de 7 mil mulheres jovens (entre 15 e 25 anos) são infectadas pelo vírus HIV. Mulheres jovens entre 15 e 24 anos têm o dobro da probabilidade de estarem vivendo com HIV em comparação ao público masculino.

O relatório mostra que houve uma queda de 47% no número de novas infecções por HIV desde o pico de 1996. Desde 2010, o número de novas infecções em adultos caíram cerca de 16%, enquanto a queda entre as crianças foi mais expressiva, 35%. O relatório diz que o risco de infecção pelo HIV é 27 vezes maior entre homens que fazem sexo com outros homens, 23 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis e 13 vezes maior entre profissionais do sexo.

Já em relação às mortes relacionadas à Aids, constatou-se uma queda de mais de 51% desde o pico de 2004. Neste ano, 940 mil pessoas morreram em decorrência de doenças relacionadas à Aids. Observou-se uma queda quando comparado aos anos de 2010 (1,4 milhão) e de 2004 (1,9 milhão).

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