Colunas
Mil palavras
Para pensar:
"O amor é como a guerra; fácil de começar, e muito difícil de terminar."
Ninon de Lenclos
Para refletir:
“A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de que o outro vai se dar mal; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se deu mal.”
Karl Kraus
Mil palavras (1)
Em nossos encontros mais recentes listamos algumas situações que fazem crer que a hora da colheita pode estar se aproximando para algumas pessoas que andaram plantando frutos proibidos por aqui.
De fato, os ventos parecem mesmo estar mudando.
A esse respeito, uma foto que circulou pelas redes sociais no último fim de semana certamente acrescentou algumas pitadas de apreensão a quem tem o que temer.
Mistério
Nela é possível ver os vereadores Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Wellington Moreira, Marcinho e Professor Pierre, e ler a seguinte legenda: “saímos do Rio de Janeiro com nossas esperanças renovadas”.
Onde exatamente a foto foi feita, e especialmente o que motivou a renovação de esperanças dos cinco fiscalizadores, são informações que a coluna ficará devendo aos leitores, ao menos por enquanto.
Mas dá para ligar uns pontinhos aí, não?
Epicentro
Afinal, sabemos bem que foi no Rio de Janeiro que algumas ações de fiscalização e denúncia nascidas aqui na serra foram travadas.
Aliás, sabemos até por quem, e onde.
Vendo por esse lado, parece natural que parte do trabalho se dê por lá...
Afinal, não faz sentido consertar a pia se o que está estragado é o chuveiro, entende?
Mil palavras (2)
E já que falamos em fotos, uma outra, feita por aqui mesmo, vem causando grande alvoroço em alguns grupos específicos da cidade.
Desde o fim da semana passada a coluna vem recebendo, de diversas pessoas diferentes, imagens do diretor da Faol e o secretário municipal de Ordem e Mobilidade Urbana almoçando juntos, numa churrascaria da cidade.
Reações
No entanto, ainda que seja compreensível que a cena tenha chamado a atenção de alguns, o colunista se surpreendeu com a intensidade de algumas reações.
E quis entender o porquê.
Em resposta ouviu relatos inusitados, de recentes operações de fiscalização que teriam sido frustradas por determinação superior.
Segue um exemplo.
Aspas (1)
“Diante de uma irregularidade observada, o ônibus com número de ordem 99 deveria ser conduzido ao pátio da secretaria, mas o motorista foi orientado pela empresa a não o levar para lá. Assim, um dos agentes, devidamente habilitado, fez ele próprio a condução. Cinco minutos depois, no entanto, já havia um motorista no pátio para retirar o veículo, sem pagar diária, multa administrativa, nada.”
Bom, diante desse tipo de relato, a revolta de alguns começa a fazer mais sentido.
Contraditório
A coluna, contudo, vem mantendo uma relação de bastante franqueza junto à Faol, concordando ou discordando em bases claras e isentas.
Naturalmente, portanto, abrimos espaço à diretoria da empresa, para que pudesse explicar a situação se assim o desejasse.
Eis a resposta recebida.
Aspas (2)
“Almocei com o secretário de Mobilidade Urbana na quinta-feira, 8, conversando sobre problemas de trânsito e tráfego na cidade, especialmente na questão das linhas que são constantemente afetadas pelas chuvas, grande preocupação por ele manifestada.
Aproveitamos a hora do almoço e o local porque eu estava em deslocamento logo a seguir para o Rio de Janeiro, onde acompanharia das 18h às 8h o meu pai, que estava internado há 45 dias no Copa D'Or, e pedi ao dr. Marques a gentileza de ajustar sua agenda à minha.”
Aspas(3)
“Foi uma reunião realizada em local público, à vista de todos porque todos os assuntos tratados, como sempre, são em torno da busca por melhorias do serviço que prestamos à população da cidade.
Não entendo por que falar em ‘tentativas frustradas de fiscalização’, já que volta e meia somos fiscalizados e temos ônibus apreendidos.
Caso tenha alguma dúvida, estamos à inteira disposição para esclarecer.”
Mulher de César
A impressão que resta do episódio remete ao velho ditado que diz que “à mulher de César não basta ser honesta; é também preciso que pareça honesta”.
Existem repartições voltadas a fiscalizar a relação entre poder concedente e concessionárias, e o que realmente importa é que todos façam suas respectivas partes e a lei seja igual para todos.
Qualquer cenário diferente deste gera desconfiança e especulação.
Puxando o fio
Operações como aquelas realizadas no Rio de Janeiro na última quinta-feira, 8, sempre geram desdobramentos.
Pessoas começam a falar aqui e ali, soltando peças de um quebra-cabeças que, na maioria das vezes, não conseguem visualizar por completo.
E aí você começa a saber que esposa de um vereador foi nomeada em gabinete de deputado preso, que o irmão de vereador foi nomeado no Detran por indicação política, e por aí vai…
No fim, vale a sabedoria oriental: “se não quer que ninguém saiba, não faça”.
Data histórica
Há pouco mais de quatro anos a coluna registrou o centenário do início da Primeira Guerra Mundial.
Um pouco mais tarde, no Natal de 2014, recordou o centenário da emocionante trégua natalina que levou inimigos mortais a cruzarem espontaneamente a “terra de ninguém” para trocarem presentes, antes do reinício dos bombardeios.
Nada mais justo, portanto, lembrar que neste dia 11 de novembro completou-se um século desde o armistício que encerrou o conflito, em meio ao horror da “gripe espanhola”.
Para não esquecer
A esse respeito, importa guardar e transmitir com carinho as lições dos erros cometidos na busca pela paz, que acabaram por lançar as sementes para um conflito ainda mais sangrento apenas duas décadas depois.
Até mesmo porque, para quem não sabe o que é viver sem paz, ela talvez não pareça tão fundamental assim.
Massimo
Massimo
Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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