Há alguns dias, o time sub-13 do Friburguense encerrou a participação no Campeonato Municipal Sub-13, organizado pela Liga Nova Friburgo de Desportos. Garotos que fazem parte das Escolas de Futebol do clube estiveram em ação, com a oportunidade de competir e interagir com outras escolinhas e projetos sociais do município. O Tricolor da Serra chegou ao final da competição invicto, e ficou com o vice-campeonato após perder para o Nova Friburgo na disputa por pênaltis.
"Perder é ruim, e ninguém gosta. Mas não muda absolutamente nada no nosso trabalho. Na semana seguinte, já retomamos os treinamentos normalmente com os garotos já pensando no ano que vem, subindo o pessoal do sub 13 para o 14", comenta Sávio Badini, coordenador das escolinhas de futebol do Friburguense.
Com experiência no campo e na quadra, o professor de Educação Física coordena esse trabalho feito pelo Tricolor há alguns anos. As atividades são desenvolvidas regulamente, tanto no campo de grama sintética quanto no gramado do Eduardo Guinle. Além da parte esportiva, a educacional também é bastante explorada pela equipe de profissionais envolvida no processo.
"O trabalho do Friburguense, principalmente nas categorias de sub-13 para baixo, valoriza muito o que é feito na Escolinha de Futebol de iniciação esportiva. Cerca de 70 a 80% dos garotos que jogaram o Campeonato Municipal, especialmente no sub-11, são oriundos de uma escolinha que nós mantemos durante a semana no campo de society e também no Eduardo Guinle. Essa no gramado funciona no gramado, há praticamente um ano, aos sábados pela manhã", explica, destacando a Escola de Futebol, que conta com a participação do técnico Cadão e de jogadores como Sérgio Gomes, Bidu, Ziquinha e Afonso.
Para essas competições municipais, a exemplo das categorias sub-11 e sub-13, o Friburguense prioriza os pequenos atletas que se destacam no dia a dia dos treinamentos. Não há reforço de jogadores através de captação ou processo seletivo, exatamente para desenvolver o espírito competitivo e já observar aquele que sobressaem durante os campeonatos.
"Esses times são montados com os garotos que se destacam nesses trabalhos que realizamos. São times onde nós não fazemos captação e nem trazemos ninguém de outras cidades. A partir dos 14 anos, a gente muda um pouco o foco do trabalho. Temos que parabenizar os profissionais que estão com a gente, à exemplo do Vaguinho, o Benício, o Malhard. Eu faço a coordenação de todo esse trabalho. De um tempo pra cá, temos o Cadão com a gente. É um professor de Educação Física, treinador e com história dentro do Friburguense. Ele também está fazendo parte dessa equipe de trabalho, que realmente é muito boa, com vivência no futebol e no trato com as crianças. Eles sabem como agir em cada situação."
A partir das atividades das Escolas de Futebol, o Friburguense colhe frutos e consegue garimpar valores para formar os times de base. Ao final de cada ano, por exemplo, os destaques do sub-13 são incorporados à categoria infantil, e iniciam um tipo de procedimento mais profissional, voltado para as formações educacional e profissional, já com o acompanhamento da direção de futebol do Tricolor. Todo esse processo, como destaca Sávio Badini, é uma característica do clube.
"Ao final da temporada, os garotos do sub-13 que se destacam são cedidos às nossas divisões de base, para o futebol de campo, e passam a integrar o grupo infantil. A partir de então, o Siqueira (Gerente de Futebol) já acompanha o trabalho de perto, mais de formação, já específica mesmo. Passa a ser menos educacional e mais profissional. Não muda muito, na verdade, porque é um valor do Friburguense trabalhar dessa maneira. A gente se preocupa muito com o trabalho, e o resultado é uma consequência disso."
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