"Divergências acontecem, mas não devem nos impedir de trabalhar por interesses comuns"
Naquela altura, em suas andanças pelo município, ele percebeu “uma realidade que aponta(va) para a necessidade de cuidados urgentes para Nova Friburgo, para o que queremos, o que devemos e o que podemos fazer, daqui pra frente”. Discorreu, então, sobre saúde, educação, segurança, transporte, gestão ambiental e sustentabilidade, cultura, agricultura, esporte, lazer, turismo, mobilidade urbana. É o que volta a fazer neste 6 de outubro, quando se comemora o Dia do Prefeito, quase dois anos depois de assumir o governo.
“Por mais otimista que eu seja, não vou aqui afirmar que tenho alcançado todas as metas a que me propus, embora já tenha conseguido concretizar algumas. Mas, certamente, vou continuar correndo atrás para viabilizá-las. Obstáculos surgem no caminho, fazem parte, mas não recuo diante dos desafios. Administrar uma cidade exige, além de responsabilidade, ponderação e muita paciência. Particularidades que fazem parte da minha natureza. Por outro lado, o prazer e a satisfação que sinto em exercer essa função me motivam”, ressaltou.
Economia é a primeira questão colocada. Ele lembra que ao tomar posse em janeiro de 2017, encontrou uma série de ‘restos’ a pagar. “Com o pé no chão, cumprindo etapa por etapa, conseguimos efetuar todos os pagamentos, mesmo com dificuldade de receita, com repasses do Estado insuficientes, e com a União repassando só valores das emendas. Nesse primeiro ano e dez meses, conseguimos manter as contas em dia, inclusive dar um pequeno reajuste nos salários, acima da inflação. Vamos fazer de tudo para que os funcionários não tenham perdas”.
Sobre a precariedade econômica do estado, Renato pensa que a situação requer medidas urgentes para equacionar responsabilidades e reestudar o equilíbrio financeiro, pela “absoluta falta de condições do estado de investir”. Algumas de suas preocupações estão na área da Saúde: a UPA, que depende da participação do município, do estado e da União. Mas… “como o governo estadual não tem repassado recursos, quem tem que bancar o rombo somos nós, a prefeitura. Embora a União repasse o que lhe cabe, a conta não fecha e não sabemos quando o repasse do Rio será restabelecido”, esclareceu.
De olho nas pautas e emendas parlamentares
O prefeito enxerga outras duas graves situações, no país, que se alastra pelos estados e municípios: segurança e questão fiscal. E torce para que o próximo governador ataque de frente, ambas. “Com a segurança sob controle e baixo índice de violência, garantimos tranquilidade para a população. Com isso atraíremos investimentos, não só da iniciativa privada como do setor público”. Ainda: “Apesar destas eleições não abrangerem os municípios, acredito que esse pleito será fundamental para Friburgo”, reafirma, lembrando da importância das vagas no Legislativo:
“Nós, os prefeitos, temos que batalhar sem trégua pelas emendas parlamentares. É na esfera federal que isso se resolve, daí a importância da formação do Congresso a partir das eleições. Dependemos da atuação dos deputados federais e senadores, cujas posições tanto podem nos prejudicar como nos beneficiar. Por isso estaremos atentos a toda movimentação política em Brasília, à forma como votam as emendas, mesmo aquelas que, aparentemente, não nos afetem, diretamente”, reiterou.
Entre o 1º e 2º turno das eleições, dias 15 e 16, ele estará na capital para apresentar cartas de intenção para emendas parlamentares, cujo prazo termina no dia 20. Suas expectativas são positivas, considerando que nas demandas já apresentadas, segundo ele, os resultados sempre foram satisfatórios.
“Penso que temos nos saído bem porque não escolhemos emendas ideológicas. Se um deputado faz uma emenda para uma creche, uma escola, uma ponte, para a saúde, um bairro, não importa a autoria ou qual partido propôs, será sempre bem vinda. Minha política é de Estado, não de governo. Inclusive, herdamos emendas que estavam quase perdidas: fomos atrás, contamos com o apoio de seus autores e com a ajuda de membros dos ministérios da Saúde, Educação, Cidade, Integração, e outros. Para a Saúde, por exemplo, setor que está em processo de licitação, recebemos um depósito de R$ 10 milhões para a compra de mais de 590 equipamentos novos para o Raul Sertã e para a Maternidade”.
Ao insistir no tema Saúde, o prefeito reitera sua preocupação com o Hospital Raul Sertã, revelando que todos os esforços estão sendo feitos para resolver os problemas. “É o mais complicado, o que exige mais diligências”. Segundo ele, foram realizadas obras na cozinha do hospital, “que recebemos em péssimo estado”, e na lavanderia, “que espero finalizar no máximo em um mês, com ajuda de parceiros”.
Um desses parceiros é a Unimed, que está disposta a ajudar no tratamento de câncer dos pacientes do SUS, com autorização do Estado. Renato acredita que esse convênio será concretizado ainda este mês, assim como ajuda para ampliação do atendimento de cardiologia com o Hospital São Lucas, além de proposta ao Hospital Serrano para que atenda pacientes que precisem de cirurgia de catarata.
“Nossos profissionais são competentes, temos um Centro de Hemodiálise (HRS), de referência, e vamos finalizar a obra da Unidade de Tratamento Intensivo. Importante ressaltar a responsabilidade do pessoal que trabalha na reforma das estruturas de um prédio que tem quase 100 anos. Portanto, tudo ali requer cuidados redobrados”.
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