Tic tac

sábado, 06 de outubro de 2018

Para pensar:

Quem compra voto, tem sempre a intenção de o revender.

Para refletir:

“Dá teu voto inteiro, não uma simples tira de papel, mas toda tua influência.”

Henry David Thoreau

Tic tac

Ah, os embargos…

Tanta coisa acontecendo, e tão pouco pode ser dito até o momento.

É o preço que pagamos pela ética.

Mas, claro, não teríamos chegado até aqui sem ela, não é verdade?

Luz amarela

Sem entrar em detalhes, a coluna registra apenas que seus sensores lá na costa oeste africana registraram não um, mas dois possíveis tsunamis a caminho do Cão Sentado.

É claro que sempre podem ser alertas falsos, uma vez que o caminho a ser percorrido é muito longo e tortuoso.

Às vezes a onda perde força, noutras se atrasa.

Mas que os tremores foram reais, ninguém duvide.

A próxima semana pode se mostrar decisiva para alguns aspectos de nossa política.

Voz das urnas

Antes dela chegar, no entanto, temos pela frente a principal eleição de nossa democracia, que, na configuração de dois senadores, se repete apenas a cada oito anos.

Os rumos do país e dos estados serão indicados pela população em meio à maior tempestade de notícias falsas, estereótipos, preconceitos, reducionismos e difamações de nossa história recente.

Tudo indica que será um teste para a maturidade da democracia brasileira.

Nova era

O clima evidentemente está longe do ideal, mas talvez estejamos todos vivendo o início de uma longa era, um novo tipo de “campanha”, que deve dar a tônica das consultas populares por muito, muito tempo.

As pesquisas têm indicado, por exemplo, que - ao menos na esfera federal - o tempo de televisão já não representa uma ferramenta decisiva, reduzindo fortemente o valor de mercado dos chamados partidos de aluguel e seus eternos caciques.

Sempre os mesmos

Uma coisa que sempre ouvimos nessa época é que as possibilidades de renovação efetivas são muito limitadas, uma vez que, eleição após eleição, os nomes que nos são apresentados “são sempre os mesmos”.

E não dá para negar que existe lastro para essa impressão coletiva.

Afinal, em tese, todo cidadão deveria poder se candidatar a qualquer cargo.

Mas, na prática, a maior parte das escolhas e “filtragens” são feitas nos bastidores, restando ao eleitor escolher entre opções muito restritas e, por vezes, insatisfatórias.

Não custa nada

O avanço das ferramentas digitais, no entanto, abre a perspectiva para possibilidades muito maiores de manifestação da vontade popular, que tendem a reduzir a própria necessidade futura de representação parlamentar.

Não custa sonhar, portanto, com um futuro no qual eleições majoritárias possam ter mais de dois turnos, oferecendo à população gama sensivelmente maior de opções.

Parece ser este o caminho da evolução democrática.

Regras do jogo

Enquanto esse dia não chega, no entanto, há que se jogar conforme as regras do jogo.

E isso significa, por exemplo, reconhecer o resultado das eleições.

E respeitá-lo.

Conforme a coluna já registrou, questionar a essa altura a credibilidade do pleito é colocar todo nosso sistema democrático em xeque.

Haverá momento para propor mudanças às regras atuais, se for o caso.

Mesmo barco

Vale lembrar ainda que quem quer que assuma o comando do país irá se deparar com uma sociedade profundamente fraturada, e irá enfrentar forte oposição.

Nas ruas e no Congresso.

Ninguém ganha, no entanto, se um governo vai mal.

Quem quer que vença, portanto, irá precisar do apoio necessário a poder governar da melhor forma.

Afinal de contas, gostemos ou não, estamos todos no mesmo barco.

Sintomas

Vejam por exemplo o absurdo que se passou nesta quinta-feira, 4, aqui em Nova Friburgo, durante uma entrevista de emprego promovida por um curso profissionalizante, para uma vaga de instrutor de marketing.

Durante aproximadamente duas horas falou-se abertamente em favor de um candidato, com argumentos embebidos em notícias falsas, enquanto os pretendentes à vaga eram questionados sobre em quem iriam votar.

Ficou evidente que a opção na urna seria determinante para o preenchimento da vaga.

Bolha

Gente, cá entre nós, isso é muito sério.

Não apenas pela consequência grotesca, mas sobretudo por representar o sintoma de que as deturpações arquitetadas e alimentadas levianamente por marqueteiros começam a penetrar a derme e a se enraizar em nossa cultura.

Assim começa a caça às bruxas, na crença de que estamos cercados de infiltrados, de pessoas com um plano maléfico, e que precisamos afastar e cercear tais pessoas, como quem deixa de seguir seus passos em redes sociais.

Tudo ligado

Bom, todo mundo sabe que as eleições do próximo domingo são para as esferas estadual e federal.

No entanto, ninguém deve se admirar se o resultado destes pleitos, mais especificamente as votações para governador e deputado estadual, vierem a ecoar na esfera municipal.

Fazendo, por exemplo, com que um ou outro vereador deixe o Legislativo friburguense para assumir algum cargo de confiança subordinado ao Palácio Guanabara.

A chance existe, e não é pequena não.

CPI

Conforme a coluna havia antecipado, a primeira reunião da CPI da alimentação hospitalar será mesmo aberta à imprensa e à população.

O encontro irá apontar o presidente da Comissão, e está agendado para esta segunda-feira, 8, às 13h30, no Plenário da Câmara Municipal.

Desnecessário dizer que o acompanhamento da população é de grande importância para a efetividade dos trabalhos.

Hungria

A 9ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Nova Friburgo promove na terça-feira, 9, palestra com a presidente da colônia húngara no município, Eva Bito.

Na ocasião, Eva vai discursar sobre o tema “A colonização húngara em Nova Friburgo”.

A palestra será às 18h a convite da presidente da Comissão da Memória da Colonização da OAB local, Dayviane Garcia e a presidente da subseção, Mônica Bonin Leal.   

Bom voto

A coluna deseja a todos os leitores um ótimo fim de semana, e uma votação consciente.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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