Turbulência

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Para pensar:

“A luz só penetra onde houver transparência.”

Hermes Fernandes

Para refletir:

“Se você deixa o machado perder o corte e não o afia, terá de trabalhar muito mais. É mais inteligente planejar antes de agir.”

Salomão

Turbulência

Bom, quem tem acompanhado os noticiários friburguenses em geral, e esta coluna em particular, sabe bem que a prefeitura reenviou à Câmara um projeto de lei solicitando autorização para dar andamento à licitação necessária à concessão de transporte coletivo.

Ao contrário do projeto inicial, este que se encontra em tramitação está de acordo com a legislação vigente e não sofre questionamentos quanto à sua legalidade.

O que não quer dizer que esteja livre de turbulências.

Cheque em branco

A culpa, a rigor, não é do projeto, mas de quem já deveria ter elaborado e apresentado há muito tempo todos os detalhes a respeito dos lotes que serão oferecidos, e do serviço que se pretende que seja prestado.

Existe entre alguns vereadores, entre os quais se destaca Zezinho do Caminhão, a sensação de que dar a autorização sem dispor de tais informações seria como dar um “cheque em branco” ao governo e à concessionária.

E, cá entre nós, o argumento tem lá sua consistência.

Afogadilho

É evidente, a essa altura, que já estamos mais uma vez no afogadilho (provocado), e quem age de má fé sempre gosta de trabalhar nesse período por saber que ninguém irá permitir que a prestação do serviço seja interrompida.

Tal certeza muitas vezes é usada para fazer passar condições que sob hipótese alguma teriam sido aceitáveis se houvesse o mínimo de planejamento.

É, portanto, um momento perigoso.

Justiça

O fato é que existe mesmo uma incoerência aí.

Porque se é preciso ter esses dados para dar andamento ao processo licitatório, também seria justo que os vereadores tivessem a oportunidade de conhecê-los - e até mesmo de fazer sugestões ao conteúdo - antes que lhes seja cobrada a autorização para que o processo se desenrole.

De novo, os maus ventos sopram a partir das vilas marginais.

Em alta

Não é segredo, a essa altura, que a cúpula do PPS no Rio de Janeiro apontou recentemente o nome do presidente da Câmara de Nova Friburgo, vereador Alexandre Cruz, como candidato de confiança da sigla para uma das cadeiras na Alerj.

A coluna pode assegurar que não foi um daqueles convites para fazer figuração, mas uma aposta séria, com respaldo.

Quase uma proposta irrecusável.

Quase.

Fico

Porque, claro, no fim das contas Alexandre acabou recusando.

Tendo se aconselhado com as maiores referências que uma pessoa pode ter na vida - pai, mãe, esposa - e levado em consideração a própria vontade de continuar por aqui, à frente do Legislativo municipal, ele disse ao povo que fica.

Leitura

Bom, o leitor não precisa ter pós-doutorado em ciências políticas para entender que estamos falando sobre recusar uma oportunidade de ascensão, que poucas vezes aparece nesses moldes na vida de um político.

É claro que existe uma leitura a ser feita aí, pois passa a existir um vácuo que certamente envolve nova candidatura à presidência da Câmara ao fim deste ano.

Sem resposta

Bom, temos falado muito a respeito de concessões ultimamente, e cabe aqui registrar mais um dado.

O ex-vereador Cláudio Damião informa que em junho deste ano o “Coletivo 200 anos pra quem?” protocolou requerimento junto à Comissão de Fiscalização de Serviços Públicos Concedidos e de Apoio aos Usuários, na Câmara Municipal, pedindo a realização de audiência pública para tratar de assuntos relacionados à renovação dos contratos de concessão do transporte coletivo, e coleta de lixo.

Respeito

Passados quase dois meses, nenhuma resposta foi recebida até agora.

O que é - para além de qualquer aceitação ou rejeição - uma falta de respeito.

Não se trata de concordância política, mas de educação.

Bom filho

O friburguense Lincoln Vargas é - há muitos anos - um dos atores mais respeitados do cenário artístico brasileiro.

Professor do tradicional Tablado e com um currículo enorme, que se cruza ao de inúmeros expoentes de nossas artes cênicas, ele acabou desenvolvendo sua carreira com base no Rio de Janeiro.

Mas não cortou os laços com a serra.

Novidades

Pois bem, ele está passando uns dias por aqui, fazendo contatos, e já dá para adiantar que está aprontando, no melhor dos sentidos.

Teremos novidades em breve, que certamente serão do interesse dos amantes do palco, e que também podem ser bastante interessantes a eventuais apoiadores.

É só aguardar.

Desafio (1)

Em suas andanças pela cidade, o geógrafo Pedro de Paulo não encontra apenas evidências do descarte inadequado de objetos.

Naturalmente, ele também vê muitas cenas de tirar o fôlego.

Uma dessas, felizmente, foi registrada na foto que a coluna reproduz hoje.

Desafio (2)

Nuvens caprichosamente tapando apenas o sol e projetando um filtro sobre um cenário que ainda inclui uma linda araucária, que neste enquadramento parece ter a altura de uma montanha.

Lindo demais, não?

E os leitores, conseguem reconhecer que cenário é esse?

Boa sorte a todos.

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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