Colunas
Tudo pronto para o reinício das obras do Rio Grande
Edição 28 e 29 de julho de 1968
Manchete:
- Tudo pronto para o início das obras do novo e moderno sistema de captação do “Rio Grande” - A obra livrará a cidade do flagelo da falta d’água e que resolverá no momento problema da quantidade e qualidade do precioso líquido, a ser consumido nos lares friburguenses, pelo menos nos próximos 30 anos. Será levado a efeito “in totum”, o projeto preparado na passada administração do prefeito Amâncio Azevedo. Duzentos milhões de cruzeiros velhos já foram depositados pela prefeitura no corrente ano para pagamentos de canalizações, serviços de terraplanagem e mão de obra.
- Urbanização de uma importante área - “Com a aquisição de importante prédio da antiga estação de passageiros da Leopoldina – Rua Alberto Braune – a municipalidade está realizando importantíssimo projeto de urbanização das ruas Gonçalves Dias, Lopes Trovão e Modesto de Mello. Os referidos logradouros constituíam pouco mais do que acanhadas passagens”.
Pílulas
Grandes acontecimentos estarão prestes a eclodir no Estado do Rio, relativamente às candidaturas do futuro pleito sucessório de Geremias (de Mattos Fontes, o governador) . O comandante da Vitória, surgiu na reta e em disparada. Se alguém tiver ilusões quanto a dureza do páreo, é só esperar mais um pouquinho. Não adianta o poder governamental. De nada valerá a ajuda da situação federal e estadual. O povo quer mudar. Descrente disso tudo que por aí manda, o eleitorado marcou um encontro com a moçada que apregoava ir salvar o Brasil. Não será um simples encontro e sim uma autêntica Forra.
Essa turminha que está muito bem aproveitando o poder, que está fazendo uma “chacrinha” e goza das benesses do poder público, como se fosse a casa da sogra, tem pouco tempo de reinado. Realmente é preciso acabar com a inoperância. É preciso acabar com os secretários enfurnadores de processos administrativos, protetores de servidores, que vivem acocorados e fazem carreira com bajulação e bizarrices. E não é só isso. Tem muito mais...
O D.E.R. tem agora mais uma válvula escapatória para proteger aliados do seu diretor: relações públicas. O caso é o seguinte: designa-se, dá posse, arranja-se uma mesa e uma cadeira, um dia por semana. O felizardo sai de Friburgo de ônibus, vai ao gabinete do chefe, toma a benção, diz que fez boa viagem, manda-se para outras repartições públicas para cuidar de interesses políticos e volta no ônibus de Niterói que sai às 17h. No fim do mês vem a bolada.
Os governos precisam de promoções publicitárias. O povo precisa saber, pormenorizadamente, das iniciativas administrativas, principalmente das obras por eles levadas a efeito. Uma coisa é pagar matéria a respeito de atividades públicas; outra coisa é proteger com verbas astronômicas uns tantos afilhados e propagandistas pessoais dos homens que detém as parcelas de atividades governamentais.
Sociais
AVS registra os aniversários de: Reverenda Madre Lúcia Braune, Aurora Fernandes (28), José Antônio Alves (29), Jorge Luiz Tavares (30), Humberto Teixeira, Salete Faria, Theodor Ludwig (31), Maria Weidauer (1º de agosto), Celso Peçanha, Ângela Maria (2) e Mário Carpenter (3).
Colunas:
- Em “Ordem do Dia”, Pedro Cúrio assina “Centenário da Matriz (Quinto da série)”. “Já conhecemos os primórdios da construção de uma Igreja Matriz na ex-Vila de Nova Friburgo a qual funcionava na varanda do chatô e mais tarde numa das salas de sessões da Câmara Municipal, o que proporcionou várias desinteligências para com o abnegado Vigário, Jacob Joye. Hoje damos a conhecer o local escolhido pela comissão incumbida de estudar tão importante problema, conforme consta da cópia da comunicação feita à Câmara e a comissão central, pois, todos os assuntos só eram resolvidos após designação de comissões especiais”.
- Em “Nova Friburgo na Sociedade”, W. Robson assina “Pela santa alma de ‘Pelanca’”. “Com gemadas de ovos de garça, assim era tratado “Pelanca” no famoso reduto verdejante. O craque-vedete que comia a bola do Esperança F.C poderia esperar pela prometida dentadura confeccionada pelas mágicas mãos do irriquieto Macaé. O capim gordura de Pelanca, duvidamos que faltasse um dia. Suas garbosas patadas em campo, frente ao 11 de Maine, tinham um nítido eco de um estouro de boiada tão bem descrito por Euclides da Cunha. Os adversários sabiam disso. Benziam-se, cada um a seu modo, ao encararem aquele peludo, complexo superioridade de quatro patas... Pejorativamente, chamava-o de bode. Era o óbvio, ululante da vingança. Bode, meus amigos, é o máximo da humilhação pra qualquer cabrito que se preze, no vigor de sua virilidade”.
Há 50 anos
Há 50 anos
Coluna que mostra o que foi notícia em A Voz da Serra 50 anos atrás.
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