Continhas

sábado, 21 de julho de 2018

Para pensar:

“A ameaça de ataque é maior do que o próprio ataque.”

Ditado enxadrista

Para refletir:

“Fazer sofrer é a única maneira de se enganar.”

Albert Camus

Continhas

Dias atrás a coluna antecipou que iria refletir a respeito de algumas contas que fecham ou não fecham em nossa realidade friburguense atual.

Alguém já parou, por exemplo, para fazer uns cálculos a respeito de quanto custaria à prefeitura adquirir um bom ônibus novo, um bom microônibus e uma van capazes de transportar os pacientes cadastrados no Tratamento Fora de Domicílio (TFD), realizar a manutenção destes veículos e pagar pelo combustível e uma pequena equipe operacional?

Olhadela

Bom, vamos lá.

Uma pesquisa rápida na internet - que certamente apresenta valores mais altos do que apresentaria uma cotação bem feita - mostra que é possível adquirir um ônibus DD 1800 G7, chassi Scania K440 2018, zero quilômetro, com 56 lugares (44 poltronas no piso superior e 12 no piso inferior), toilette, cafeteira, rodas de alumínio, telas de LCD, wifi a bordo, controle eletrônico de estabilidade ESP, sistema antitombamento, freio a disco, com retarder e ABS, câmbio Opticruise (12 marchas) com overdrive por R$ 980 mil, à vista.

Jogando para cima

Note o leitor que estamos falando aqui de um veículo top de linha, que demandará baixos custos de manutenção durante um bom tempo, e que pode rodar facilmente mais de 500 mil quilômetros, desde que operado de maneira apropriada.

Da mesma forma, a pesquisa evidencia que é possível comprar uma boa van para 16 passageiros por menos de R$ 170 mil, e um bom microônibus por menos de R$ 300 mil, em todos estes casos jogando os valores para cima.

Frota

Ou seja, com R$ 1,5 milhão daria para montar esta frota tripla, com aparatos que nem são necessários e margem para fazer eventuais adaptações.

E, como dito anteriormente, uma boa licitação certamente economizaria parte significativa destes recursos.

Quanto sai

Bom, o mais recente contrato emergencial para “prestação de serviços de transporte de passageiros (pacientes e acompanhantes) oriundos da Central de Regulação/TFD, Vigilância em Saúde Auditiva, Programa Melhor em Casa e Caps (AD II e I) da Secretaria Municipal de Saúde, válido por apenas 180 dias, custará aos cofres municipais exatos R$ 2.147.674.

Ao longo de um ano, sem contar com possíveis reajustes, o valor alcança R$ 4.295.348.

Ponta do lápis

Ou seja: daria para comprar a frota citada, e ainda sobrariam quase R$ 2,8 milhões para despesas como combustível, impostos, funcionários e manutenção.

Mas é claro que estamos falando apenas de um ano, e que os benefícios seriam cumulativos, uma vez que no ano seguinte a compra da frota não seria necessária.

Assim, ao longo de três anos, por exemplo, e sem considerar previsíveis aumentos ao longo do período, qualquer somatório de custos operacionais que fique abaixo de R$ 11 milhões representaria um ótimo negócio para a administração pública.

Pega mal

É evidente, mesmo em análises tão superficiais quanto esta, que o serviço é caro e demanda licitações devidamente planejadas e bem executadas.

Até mesmo porque os prazos sempre foram conhecidos.

Infelizmente, no entanto, como se deu o processo de cotação é o tipo de informação que não será divulgada em vídeos propagandistas de quem usa o cargo para fazer campanha.

Budismo e ciência (1)

O teatro da Usina Cultural (Praça Pres. Getúlio Vargas, 55 - Centro) abre suas portas para a palestra “A ciência budista da mente - A mente e seu potencial”, ministrada pelo Geshe Lobsang Jamphel.

O evento acontece na próxima terça-feira, 24, às 19h15.

A entrada é gratuita.

Budismo e ciência (2)

Geshe Lobsang Jamphel nasceu no Tibete e em 1981 foi para a Índia estudar filosofia budista no grande monastério de Sera-je, onde se formou com honras depois de mais de 20 anos de estudos intensivos.

Geshe-la (como é conhecido) é abade do Monastério de Nalanda na França, e tem ensinado o dharma em vários países europeus desde que chegou ao ocidente, no ano de 2000.

Respostas

Os craques Léo Verbicário e Rosemarie Künzel somaram mais um pontinho na tabela dos maiores conhecedores de Nova Friburgo.

A respeito da linda fotografia publicada na edição de sexta-feira, 20, a “invicta” explicou: “essa é a Cachoeira São José, em Boa Esperança, distrito de Lumiar. Um lugar que fica maravilhoso na época de floração das hortênsias, e com boa infraestrutura para o visitante”.

Ainda não conhece o local? Então corre lá!

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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