Sílvio Henrique Braune

quinta-feira, 05 de julho de 2018

Para pensar:

“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.“

Marina Colasanti

Para refletir:

“Até a glória do rio acaba no mar."

Provérbio russo

Sílvio Henrique Braune

Tempos atrás a coluna chamou atenção para o episódio de interrupção no fornecimento de energia elétrica ao posto de saúde Sílvio Henrique Braune, no Suspiro, que, conjugado ao não funcionamento do gerador da unidade, expôs insumos e medicamentos a condições de temperatura que podem comprometer sua funcionalidade.

À época a coluna manifestou seu entendimento de que a Secretaria Municipal de Saúde tinha o dever de apurar a existência e a extensão dos danos, bem como explicar por que o gerador não havia sido reparado, apesar do defeito ser de conhecimento geral.

Silêncio

Bom, é claro que nenhuma dessas satisfações nos foi dada, nem há de aparecer nos vídeos propagandistas da repartição, voltados a 2020.

Mas a coluna não esqueceu do assunto, e pode atestar que respostas iniciais enviadas por laboratórios fornecedores apontam, desde já, para um prejuízo da ordem de R$ 42 mil, que pode ser muito maior, a depender do que dirão outros fornecedores.

Basta dizer que o valor do material exposto chega à casa do milhão.

Prevenir e remediar

É claro que numa situação como esta, na qual existe a possibilidade de que vacinas sejam aplicadas sem efeito prático e pessoas fiquem expostas sem saber, não é possível mensurar prejuízos apenas em valores monetários.

Mas, ainda assim, fica evidente que, mesmo que não se leve em consideração o respeito devido ao contribuinte, já teria sido muito mais barato efetuar o reparo do gerador do que arcar com os prejuízos de sua falta de funcionamento.

Valendo (1)

A coluna dedicou bastante espaço à lei estadual do deputado Wanderson Nogueira que isenta o cidadão refugiado da taxa de revalidação do seu diploma de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado nas universidades estaduais do Rio de Janeiro, por entender que o mérito da questão é válido e o Brasil - tão grande e tão tributário do esforço de estrangeiros - não deve se manter alheio ao drama mundial dos refugiados.

Valendo (2)

É com satisfação, portanto, que a coluna registra que a nova lei foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, 4, promulgada pela própria Alerj, e já se encontra em vigor.

Os leitores devem se lembrar, inclusive, que este mesmo espaço já defendeu em passado não tão distante, que nós voltássemos a receber estrangeiros, em especial refugiados, como tantas vezes fizemos no passado.

Rota política

Ao citar o grande fluxo de políticos e pré-candidatos por Nova Friburgo neste período pré-eleitoral, bem acima da média de ciclos anteriores, o colunista citou a vinda do ex-nadador Luiz Lima, e também do presidenciável Guilherme Boulos, pelo Psol.

Pois bem, a essa altura a coluna pode acrescentar que o deputado federal Índio da Costa (PSD-RJ) também é esperado por aqui no próximo fim de semana.

Funcionalismo

Conforme a coluna havia antecipado, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Nova Friburgo (Sinsenf) promoveu uma reunião no Sindicato Têxteis nesta terça-feira, 3, que contou com representações do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado do Rio de Janeiro (Fesep Rio).

O MPT foi representado no encontro por Adriano Leonissa, ao passo que a federação estadual foi representada por seu próprio presidente, Marco Corrêa.

Pauta
Questionada a respeito da pauta do encontro, a nova direção do Sinsenf informa que “tratou-se uma conversa mais informativa, na qual prestamos conta sobre o mandato e falou-se sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) que está em curso, e que é a nossa proposta para acabar com a compressão em cima do salário dos servidores, hoje nivelados por baixo”.

Compras públicas (1)

Realizou-se nesta quarta-feira, 4, através de uma parceria envolvendo a Rede de Agentes de Desenvolvimento (ADs) e o Sebrae-RJ, o 1º Seminário de Compras Públicas da Região Serrana.

O encontro aconteceu na sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Nova Friburgo (Acianf), e reuniu mais de 80 representantes de 11 municípios da região.

Compras públicas (2)

Durante o seminário, os participantes tiveram a oportunidade de debater sobre as formas de contratação pelo Poder Público no Brasil, os capítulos da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa que tratam deste assunto, e também quais os seus impactos dela nos pequenos negócios da região.

Também foram colocadas em discussão as principais perspectivas para as compras públicas no cenário econômico atual e nos próximos anos em termos de legislação e de gestão.

Fala, leitor!

Assinante de A VOZ DA SERRA há mais de 30 anos, Maurício Vicente Ribeiro esteve no jornal para denunciar os riscos de acidente por conta de uma palmeira que está plantada bem em frente ao prédio onde ele mora há mais de dez anos, na Rua Augusto Cardoso, no Centro.

Segundo Maurício, já foi aberto um processo na prefeitura, mas o mesmo se arrasta por mais de dois anos. Enquanto isso, a palmeira segue com as folhas caindo tanto na rua, quando na entrada do prédio.

Aspas

“Ela (a palmeira) toma toda a calçada, não dá para passar com carrinho de criança nem cadeirante. Além de ser um risco, porque se uma folha dessa cair na cabeça de alguém pode até matar. Já abrimos um processo - isso tem mais de dois anos - e nada foi resolvido. Só vão resolver depois que acontecer um acidente, depois de uma fatalidade. Tem criança que passa ali, que brinca na rua, é um risco.”

Vergonha

Cada vez que a coluna abre espaço para o geógrafo Pedro de Paulo fazer mais uma denúncia de descarte irresponsável, a fé do colunista em nosso futuro reduz-se mais um pouco.

É impressionante o que ainda se faz por aí, sem que nossos olhos vejam.

Tem de tudo

Nesta quarta-feira, 4, por exemplo, Pedro retirou a cabeceira de cama(!) de dentro de uma das margens do Córrego Dantas, no Jardim Califórnia.

Mais precisamente na Avenida Beira Rio, em frente ao número 55.

De acordo com Pedro, a cabeceira não se encontrava lá na terça-feira, o que indica que a ação foi bem recente.

Aspas (2)

“Não é interessante a instalação de lixeiras nas margens dos rios. Parte do lixo se projeta aos rios pela ação do vento, da chuva, por gravidade, vandalismo ou mesmo intencionalmente, como forma de eliminação do resíduo. Os rios deveriam ser mais respeitados, pois no passado foram precursores do surgimento de importantes civilizações.”

Aspas (3)

“Aqui em Nova Friburgo, a questão das águas (puras) foi muito valorizada no passado, tanto em termos de consumo como medicinais. Mas o que vejo hoje é uma grande decadência de nossos recursos hídricos pelo processo acelerado de urbanização e a consequente poluição que esse processo traz, quando o poder público não consegue acompanhar esse processo com obras adequadas de saneamento, por exemplo.”

Dica

Ainda a esse respeito, Pedro sugere a todos a leitura da matéria de capa da edição de junho da revista National Geographic Brasil, dedicada à poluição dos oceanos pelos plásticos.

”Pelo que já vi, é a mais completa reportagem a esse respeito já aberta ao público brasileiro. São despejadas cerca de oito milhões de toneladas de plásticos todos os anos nos oceanos!”

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Massimo

Massimo

Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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