O principal símbolo cultural do distrito de Riograndina completou dez anos no dia 29 de março. A sede do Centro de Cultura e Artesanato fica em um casarão do período imperial que passou por reformas, funcionou como estação ferroviária do distrito e foi reaberto em maio de 2012, após reformas. Hoje o local oferece 11 cursos gratuitos e conta com cerca de 200 alunos inscritos.
Maurício Novaes, coordenador do ponto de cultura há um ano, afirma que cresceu dentro do local e viu a evolução cultural do segundo distrito. “Assim que foi implantado o Ponto de Cultura eu me tornei aluno. Vivo essa realidade há dez anos. Quando assumi a coordenadoria, tínhamos apenas três cursos, hoje temos 11: violão, flauta doce, cavaquinho, artesanato, teatro, capoeira, desenho, percussão, culinária japonesa e panificação. Todos com o apoio da prefeitura, através da Secretaria Municipal de Cultura”, conta.
Segundo o coordenador, a “disputa” por uma vaga é bastante concorrida. “Hoje nós estamos com praticamente todas as vagas preenchidas. Tem muita gente querendo entrar, mas por conta de horários e professores, não temos como ampliar a nossa oferta. Estamos com parcerias que vão nos ajudar nessa questão para um futuro próximo. Ver que existe esse apetite das pessoas de Riograndina para fazer parte do Centro Cultural é muito bom. Significa que o trabalho está sendo bem executado”, observa ele.
Maurício Novaes tem a noção do papel que o centro cultural tem para o segundo distrito. De acordo com o coordenador, é uma oportunidade de gerar alternativas para o futuro das crianças. “Nós moradores do distrito sabemos da importância que é o ponto de cultura para a comunidade. Esse projeto contribui muito com a educação das crianças, ensina habilidades e estimula as pessoas a terem apreço pela arte. Temos também muitos adultos aqui interessados em aprender atividades novas. Alguns alunos, adultos, estão desempregados e vem para as aulas de artesanato com o objetivo de confeccionar objetos para vendê-los e assim incrementar o orçamento doméstico”, conta o coordenador do Ponto de Cultura.
Maurício Novaes afirma ainda que a população de Riograndina aderiu em peso ao projeto. “Sempre existiu muito interesse de se fazer projetos artísticos e como aqui não havia essa opção, os interessados tinham que se deslocar para Conselheiro Paulino e lá muitas das opções de cursos eram pagas. O local mostra-se como opção para que adultos e crianças ocupem-se aprendendo coisas novas. Nós nos tornamos uma referência muito em função disso”, complementa.
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