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Sangue, suor e lágrimas
“A sabedoria consiste em compreender que o tempo dedicado ao trabalho nunca é perdido.” (Ralph Waldo Emerson)
“Um homem é um sucesso se pula da cama de manhã e vai dormir à noite, e, nesse meio tempo, faz o que gosta.” (Bob Dylan)
“O trabalho é a melhor e a pior das coisas: a melhor, se for livre; a pior, se for escravo.” (Émile-Auguste Chartier)
“O preguiçoso sempre reclama que o tempo não passa, e o trabalhador esquece até o tempo.” (Erasmo Shallkytton)
Sangue, suor e lágrimas
Em alguns países do mundo, o primeiro dia do mês de maio é considerado feriado. A data surgiu em 1886, quando trabalhadores americanos fizeram uma paralisação no dia primeiro de maio para reivindicar melhores condições de trabalho. Milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago (EUA), para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de 13 para 8 horas diárias. O movimento se espalhou pelo mundo e, no ano seguinte, trabalhadores de países europeus também decidiram parar por protesto. Em 1889, operários que estavam reunidos em Paris (França) decidiram que a data se tornaria uma homenagem aos trabalhadores que haviam feito greve três anos antes.
No Brasil, o feriado começou por conta da influência de imigrantes europeus, que a partir de 1917 resolveram parar o trabalho para reivindicar direitos. Em 1924, o então presidente Artur Bernardes decretou feriado oficial.
Além de ser um dia de descanso, o 1º de maio é uma data com ações voltadas para os trabalhadores. Não por acaso, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi anunciada no dia 1º de maio de 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas. Por muito tempo, o reajuste anual do salário mínimo também acontecia no Dia do Trabalhador.
Além do Brasil, cerca de oitenta países consideram o Dia Internacional do Trabalhador um dia de folga, entre eles Portugal, Rússia, Espanha, França e Japão. Os Estados Unidos, onde ocorreu a mobilização que deu origem à data, não reconhecem este dia como feriado.
Pelo mundo, a ideia de que o trabalhador deveria ser um instrumento para o lucro dos patrões foi sendo questionada e as leis passaram a garantir, nas democracias, um novo papel para o cidadão. Primeiro de maio se tornou, assim, mais do que história, um presente em constante transformação.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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