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Das palavras às atitudes
Vamos fazer uma reflexão? Imaginemos que temos uma pizza para dividir entre sete bilhões de pessoas, a pergunta é; de que tamanho deveria ser essa pizza de forma que fosse capaz de abastecer cada pessoa com um pedaço generoso a ponto de saciar completamente o desejo de cada um?
Se sonhamos com a igualdade devemos pensar que o que importa é que cada pessoa possa se alimentar generosamente, e que cada pedaço será igualmente proporcional para todos. Dessa forma não poderia haver aquele que come além da quantidade que lhe é proposta, tendo em vista que se alguém extrapolar sua parte poderá estar negando a um outro alguém a parte que lhe é devida.
Onde quero chegar com essa simples analogia? A pizza é o nosso planeta que creio eu, é muito capaz de saciar abundantemente cada ser humano, porém o que muda nessa questão é o apetite. O estômago tem um limite, mas onde está o limite da ganância humana? Gisele Bündchen, por exemplo, tem um patrimônio líquido estimado em US$ 290 milhões, se formos falar em igualdade baseado em seu próprio discurso, quantos planetas seriam necessários para solucionar essa conta?
Imagine que a porção devida a cada ser humano tenha como referência a autora desse emocionante discurso? Afinal, se vamos falar em igualdade que seja para cima, porque igualar por baixo é mediocridade. Vamos esquecer as palavras e pensar na realidade. O planeta tal como o conhecemos hoje não suportaria sete bilhões de pessoas com fortuna material de uma robustez como a supra citada.
A lógica é simples, nosso planeta é finito, a extração de seus recursos é demasiado dispendiosa, a mão de obra mesmo que evoluísse aos níveis mais tecnológicos possíveis jamais seria capaz de possibilitar essa grande façanha. Então o que podemos dizer? Vamos ser realistas, esquecer esse discurso demagógico e falacioso da igualdade e pensar que somos diferentes e não há nada de errado com isso, aliás, ainda bem que somos diferentes, pois a beleza está na diversidade. Costumo pensar que palavras são apenas palavras se não forem de alguma forma transformadas em atitudes, ou seja, até mesmo um papagaio é capaz de sonoriza-las. Temos que ser mais racionais a ponto de perceber as incoerências produzidas por essa cultura que não enxerga o prejuízo produzido pelo nosso egoísmo insano.
Enfim, podemos e devemos viver confortavelmente, pois o nosso planeta é capaz de suprir a dignidade de cada ser humano que nesse momento habita sobre a terra, porém devemos ter a nítida consciência que não podemos extrapolar o limite dessa própria capacidade. Afinal só temos um planeta e é com ele que devemos nos resolver. Tudo que não vier assentado nessa lógica não passa de um erro grotesco de quem não sabe fazer uma simples conta matemática básica.
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Renata de Rivera
Meu Bairro Sustentável
O projeto do núcleo Meu Bairro+200 idealizado por Renata de Rivera visa tornar Nova Friburgo uma cidade sustentável. Sua coluna traz dicas de ações por uma cidade mais limpa, com menos lixo e poluição e uma vida mais saudável.
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