Inflação baixa

sábado, 21 de abril de 2018

Inflação baixa

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou variação de 0,21% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação registrada é a menor para um mês de abril desde 2006 e o acumulado entre janeiro e abril, 1,08%, é o menor desde o início do Plano Real em 1994.

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O indicador mede a inflação do dia 15 de um mês ao dia 15 do mês seguinte e funciona como uma prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA. O resultado de abril ficou 0,11 ponto percentual acima da taxa de março, acumulando 2,8% em 12 meses.

Expectativa boa

A pesquisa que aponta a expectativa dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes recuou em abril e ficou em 5,0%. A redução foi de 0,3 ponto percentual em relação a março. É o menor nível do índice desde agosto de 2007. Na comparação com abril de 2017, houve queda de 2,5 pontos percentuais. O indicador foi divulgado pela Fundação Getúlio Vargas.

Previsão da economia

A previsão oficial de que a economia brasileira crescerá 3% este ano e em 2019 está mantida, disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Ele classificou de normais os indicadores recentes, que saíram abaixo do esperado, acrescentando que, em determinadas fases do ciclo de recuperação, é esperado que alguns resultados venham aquém do previsto.

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“O Brasil saiu da recessão. Estamos no caminho do crescimento. Todos os segmentos estão crescendo, inclusive os investimentos, como em bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção). Temos também inflação sob controle e patamar de juros menor que a gente nunca viu” explicou o ministro.  

 

Recuperando o crédito

Interessadas nos cerca de 62 milhões de inadimplentes no país, muitas empresas prometem limpar o nome de consumidores que querem recuperar crédito no mercado e retirar seu CPF das listas de negativados. Neste ano, o número de inadimplentes que afirmam já ter contratado empresas na tentativa de limpar o nome aumentou 16 pontos percentuais (25%) em relação ao resultado de 2017 (9%). O levantamento é do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

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Os principais motivos para contratar as empresas foram: garantir que o nome fosse realmente limpo (24%), receber ajuda nas negociações (19%) e evitar constrangimentos com os credores (19%). O valor pago para limpar o nome foi, em média, de R$ 375,21.

Transporte de cargas

Um estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, mostra que itens relacionados à segurança do transporte de produtos nas cidades brasileiras são os que mais têm contribuído para o aumento dos custos de logística. A Pesquisa de Custos Logísticos no Brasil 2018, coordenada pelo professor Paulo Resende, aponta a distribuição urbana, seguros e rastreamento e segurança dos veículos de carga entre os quatro itens que mais pesam, segundo avaliação das empresas.

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O professor Paulo Resende diz que distribuir mercadorias nas grandes cidades chegou a uma "situação caótica". “Os custos estão disparando: seguro de carga, rastreamento, escolta armada e a restrição por parte das empresas em mandar seus produtos para determinadas regiões brasileiras”. Resende acrescenta que algumas empresas já aumentaram em 30% o custo do frete no Rio de Janeiro, um dos estados mais atingidos pelos roubos de cargas. Outros fabricantes já não atendem mais em municípios fluminenses.

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