Colunas
Fatura dos cartões
Fatura dos cartões
Nos últimos tempos, os gastos excessivos com os cartões de crédito entraram no foco do Banco Central e de entidades de defesa do consumidor. No ano passado, chegou-se a lançar uma campanha pelo "uso consciente" do cartão, e houve mudança nas regras do pagamento do crédito rotativo, uma forma de diminuir os juros pagos pelo consumidor. Mesmo assim, o pagamento da fatura do cartão ainda consome cerca de um terço do orçamento de quem usa o "dinheiro de plástico".
*****
Segundo a plataforma de finanças pessoais Guia Bolso, em média, 33,22% dos ganhos foram usados para quitar a conta do cartão em janeiro - número até um pouco maior que o observado seis meses antes (32,81%). O número está bem acima do recomendado por especialistas - o ideal seria algo em torno de 10%. Entre os principais gastos dentro da fatura do cartão estão as compras, que vão desde roupas e utensílios a jogos online, (26,93%), mercado (12,86%) e transporte (12,05%).
Estimativa para a inflação
O mercado financeiro reduziu pela décima semana seguida a estimativa para a inflação este ano. Nesta segunda-feira, 9, a projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi reduzida de 3,54% para 3,53%, de acordo com o boletim Focus, publicação semanal do Banco Central sobre os principais indicadores econômicos. A projeção segue abaixo do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%. Para 2019, a estimativa para a inflação foi ajustada de 4,08% para 4,09%, abaixo do centro da meta (4,25%).
Previsão do PIB cai
O mercado financeiro reduziu suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. A expectativa de alta para o PIB este ano caiu de 2,84% para 2,80% no Relatório de Mercado Focus. Há quatro semanas, a estimativa era de crescimento de 2,87%. Para 2019, o mercado manteve a previsão de alta do PIB de 3%, mesmo patamar visto há quatro semanas. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo BC em março, a autoridade monetária manteve sua projeção de alta do PIB deste ano em 3,6%.
Refis para as MPEs
O Diário Oficial da União de segunda-feira, 9, publicou a lei complementar 162/2018, que institui o Programa Especial de Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte optantes pelo Simples Nacional, o Refis da Pequena Empresa. Inicialmente, a lei havia sido vetada integralmente pelo presidente Michel Temer, mas, na semana passada, o veto foi derrubado pelo Congresso. Com isso, micro e pequenas empresas poderão parcelar débitos tributários com condições facilitadas e descontos em multas e em encargos legais. Os interessados poderão aderir ao parcelamento em até 90 dias
Juros altos
Os juros do crédito devem continuar caindo, mesmo após a interrupção do ciclo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, previsto para junho. Isso será possível com a recuperação da economia e a maior competição no mercado de crédito, avaliou o diretor de Economia da Associação Brasileira de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira.
*****
Mesmo com a taxa Selic em seu menor patamar, os juros ao consumidor ainda são altos. A taxa média de juros para pessoas físicas estava em 74,3% ao ano, em outubro de 2016, e chegou a 57,72% ao ano, em fevereiro. Ou seja, enquanto a Selic caiu 54%, essa taxa média dos empréstimos às famílias teve redução de 22%.
Minas e Energia com Moreira
O Palácio do Planalto confirmou que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, vai assumir a pasta de Minas e Energia, que estava vaga com a saída de Fernando Coelho Filho, candidato à reeleição para deputado federal em Pernambuco. Moreira Franco também é secretário-executivo do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI).
*****
Na semana passada, ministros do governo Temer deixaram o cargo para se candidatar nas eleições de outubro. A lei eleitoral prevê que os ministros que quiserem concorrer nas eleições tinham até o dia 7 de abril para deixar os cargos, na chamada desincompatibilização.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário