COM A REDUÇÃO drástica do financiamento de campanha e do tempo de exposição dos candidatos na mídia, o uso das redes sociais ganharão importância preponderante na divulgação dos candidatos nas próximas eleições, em outubro, para presidente da República, senadores, deputados federais, governadores e deputados estaduais. Estas serão as primeiras eleições em que o uso de redes sociais e da plataforma digital irão predominar nas eleições.
QUEM PRETENDE concorrer aos cargos eletivos no pleito deste ano deve se filiar a um partido político até o dia 7 de abril, ou seja, seis meses antes da data das eleições. O mesmo prazo é dado para obtenção junto à Justiça Eleitoral do registro dos estatutos dos partidos políticos que pretendem entrar na disputa.
A CAMPANHA, pois, será um bom teste para testar o uso das redes sociais que já vem sendo adotadas com sucesso em muitos países. O tradicional cabo eleitoral está sendo substituído pela comunicação digital. A boca de urna será feita por aparelhos móveis que poderão ser acessados na fila em direção à urna de votação.
AS CAMPANHAS, doravante, nunca mais serão as mesmas. Especialistas garantem que a partir deste ano, as redes sociais vão passar, cada vez mais, a ser um instrumento de militância e da militância. Embora fundamentais, ainda continuará tendo importância o contato pessoal, a conversa.
AS ESTATÍSTICAS confirmam esta nova tendência. No Brasil, são 94,2 milhões de usuários na internet, 261,8 milhões de aparelhos celulares. Oitenta por cento dos brasileiros, entre 16 e 44 anos, possuem celular. Na classe “C”, 67% deles tem, pelo menos, um aparelho celular. O desafio de todos os candidatos, e partidos, portanto, será atrair esses usuários.
O ELEITOR digital exige uma resposta para seus questionamentos e o silêncio por parte do candidato é um sinal imediato de desrespeito com esse eleitor. É através da interação que o candidato consegue ter uma visão mais clara dos sentimentos e anseios da população e quais propostas são simpáticas ou não ao eleitorado.
OS ADEPTOS DO movimento anti-política crescem no Brasil, e no mundo, e isso explica o gosto crescente pela pancadaria em cima de presidentes, governadores, prefeitos, senadores, deputados, vereadores e partidos. Esse tipo de campanha será cada vez mais relevante a partir deste ano. Os atuais detentores do poder, notadamente no Congresso, terão um ajuste de contas com o eleitor desencantado e carente de mudanças.
A PARTIR DE agora, criatividade, prudência e transparência serão fatores considerados pelo eleitor virtual. De nada adiantarão as falsas promessas, as mentiras e a tentativa de desconstruir adversários. O importante é que aqueles que pretendem vencer estejam sintonizados com os anseios da população, possuam um currículo de ações sociais que o creditem junto ao eleitorado. O eleitor, cada dia mais, está sintonizado com a realidade, que poderá transformar os candidatos em vitoriosos ou derrotados.
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