Como havíamos prometido, no dia 16 de maio último fizemos a publicação do site do Pró-Memória de Nova Friburgo sob a nova denominação Centro de Documentação D. João VI. Nessa mesma oportunidade apresentamos a logomarca desenvolvida pelo profissional, colaborador oficial e amigo, Rico Azevedo, ou simplesmente Rico. Desenvolvida a partir da ideia de se unir dois projetos distintos, duas boas ideias, duas homenagens justas, dedicadas à notável pessoa do D. João VI. Então, aí está a representação gráfica de um monumento, Monumento a D. João VI, obra do Gama – e registro aqui um agradecimento especial ao amigo Jaburu -, que a partir de agora estará estampando em cada documento, em cada fotografia, e numa centena de páginas de jornal existentes no Pró-Memória de Nova Friburgo. Assim, até então nosso fundador, doravante, também o guardião de nossa história e de nossas memórias.
Lembro-me que certa vez ouvi de um saudoso amigo o seguinte: “Guguti, se D. João VI não tivesse que retornar para Portugal teria vivido em Nova Friburgo”, acreditei de pronto. Isso mesmo, o maior de todos os monarcas seria friburguense com orgulho e Nova Friburgo seria a porção mais importante do império tão sonhado, o Reino de Portugal, Brazil e Algarves. O monarca da crise, o único rei que escapou da guilhotina e reinou sob os dizeres de uma carta constitucional. Melhor exemplo nos deixou o Segundo Visconde de Santarém, Manuel Francisco de Barros e Souza de Mesquita de Macedo Leitão e Carvalhosa, quando testemunhou e escreveu: “Os impérios da Rússia e Áustria e reinos da Prússia e Holanda vergaram perante o colosso francês. A Inglaterra apenas escapou à mesma sorte das potências ocidentais devido à sua posição insular, à força da sua aristocracia e à sua frota. Numerosos soberanos foram abatidos do trono, enquanto o príncipe regente, o primeiro monarca que ousou atravessar o Atlântico, salvou, mediante esta determinação corajosa, a coroa e a sua família das garras do dominador da Europa. É preciso considerar, ainda, que este príncipe, graças a esta resolução, tornou-se o fundador de um vasto império e que, quando da paz geral, assistiu e participou do renascer de um novo Portugal.”
Quando já tarde, o Rei Carlos IV da Espanha quis seguir o exemplo do monarca português e refugiar-se no México, terminou preso e humilhado por Napoleão. A seguir, assistiu a Espanha passar às mãos de José Bonifácio, irmão do imperador francês. Então, já completamente arruinada, a Espanha terminaria por perder todas as suas colônias na América.
Então,... alguma dúvida? Eu escreveria mais algumas laudas se o espaço permitisse, mas creio não ser preciso. Encerro, então, esta coluna para em seguida enviar um e-mail ao amigo português, Pedro, residente em Lisboa, dando as boas novas e passando o link www.djoaovi.com.br. E para não perder a oportunidade, aproveito e digo-lhe que a melhor homenagem a D. João VI tinha que ser friburguense. Assim seja.
Nelson A. Bohrer (Guguti)
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