Eventos do Caps e de combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes movimentam a praça

quarta-feira, 20 de maio de 2009
por Jornal A Voz da Serra
Eventos do Caps e de combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes movimentam a praça
Eventos do Caps e de combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes movimentam a praça

A Praça Dermeval Barbosa Moreira foi palco de dois eventos simultâneos promovidos pela Fundação Municipal de Saúde na tarde da última segunda-feira, 18: um para marcar o Dia Nacional de Combate à Exploração Sexual contra crianças e adolescentes e outro para divulgar o serviço de atendimento do Centro de Atenção Psicossocial de Nova Friburgo (Caps). Os eventos movimentaram o local e tiveram como objetivo conscientizar a comunidade sobre questões que estão presentes na sociedade moderna. Para isso a programação contou com panfletagens e discursos.

Apesar de abordada com frequência em reportagens, órgãos e entidades de proteção à criança, a maioria das pessoas desconhece que a exploração sexual contra menores é crime e pode ser caracterizada não só pelos casos de prostituição infantil, estupro e pornografia como também através do incesto e assédio sexual.

Vale destacar que é importante que toda a sociedade denuncie os casos de violência e abusos que tiverem conhecimento aos órgãos competentes.

Conforme o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente todo o cidadão tem o dever de notificar os casos de abusos que costumam provocar graves alterações de comportamento podendo levar até a tentativas de suicídio. Conforme o folheto distribuído à população as denúncias podem ser feitas ao Conselho Tutelar pelo telefone 2543-6200.

Humanização do atendimento psiquiátrico

Outra proposta do evento foi divulgar o trabalho desenvolvido pelo Centro de Atenção Psicossocial de Nova Friburgo (Caps), um serviço público municipal pioneiro na área de saúde mental. Isso porque, o Caps vem ao encontro do que determina a reforma psiquiátrica brasileira, que atende às diretrizes da Lei Federal 10.216. Promulgada em 2001, a lei prescreve que os portadores de transtornos mentais devem ser cuidados com humanidade e respeito e, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental. Determina também que o tratamento deve ocorrer da forma menos invasiva possível, visando à inserção na família, no trabalho e na comunidade.

Assim é o atendimento prestado pelo Caps. Localizado em uma ampla e confortável casa na Avenida Comte Bittencourt, o centro funciona como um segundo lar para os usuários inscritos. No local são oferecidos cuidados individualizados através de uma equipe multidisciplinar e atividades terapêuticas como de marcenaria e artesanato, estimulando a expressão artística dos usuários e favorecendo a reinserção profissional.

O público que passou pela praça pôde conferir um pouco do trabalho feito no Caps. Um estande repleto de objetos artesanais como bijuterias, toalhas e panos de prato bordados foi uma das atrações do evento. Destaque também para a equipe de profissionais e usuários do centro, que foram para a praça com camisetas pretas contendo uma mensagem sobre a importância da humanização do atendimento psiquiátrico. A frase, de autoria da saudosa psiquiatra Nise da Silveira, dizia: “O que melhora o atendimento é o contato afetivo de uma pessoa com outra. O que cura é a alegria, o que cura é a falta de preconceito”.

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