Do centenário da Acianf ao cotidiano friburguense, A VOZ DA SERRA fala ao coração!

Finalmente, a grande data! 16 de dezembro: centenário da Acianf. Como parte dos festejos, o Caderno Z esbanja história e cumplicidade. Na capa, uma boa dose de nostalgia me levou até a Avenida Euterpe, 132, para o “Avenida Bar”, cenário onde papai colheu seus causos de balcão, durante mais de 30 anos. Não é à-toa que Zuenir Ventura tenha assunto de sobra para contar em “Memórias de um balconista”. Na Camisaria Friburgo, mamãe comprava bons presentes para papai e, como diria Alice, neta de Zuenir: “não é fofo o Helinho?” Quem o conhece sabe que é fofo, sim!

“Tá na jura de vender barato”, a propaganda que virou apelido da “Tanajura”, demonstra que, no trabalho de formiguinha, “do papel ao pen-drive”, a papelaria vence o tempo e desempenha seu papel de bem servir o povo. Com Janaína Botelho, nós podemos fazer um turismo pelo comércio antigo da cidade e constatar que a saudade é o preço que o tempo nos cobra.

Contudo, temos dona Nair, na Casa Libaneza, que nos oferece o aconchego de sua fala experiente, de quem acompanha o burburinho de Nova Friburgo. José Aucar, aos 10 anos estudava de manhã, trabalhava, à tarde, no armarinho do pai e, à noite, fazia as tarefas escolares. Qual criança de hoje poderá contar um feito assim? (De certa forma, cá entre nós, a modernidade não permite o trabalho infantil). Vovó Mariana dizia – não se despreza o trabalho das crianças.

Do comércio chique ao popular, do Bar do Seu Mário ao Bar América, o “Z” é um luxo só de dar pena de sair. Mas, em “Sobre Rodas” há sempre uma boa dica de pegar carona para as despedidas ao caderno. “Quem entende de mecânica não corre nas ruas”. Pelo visto, há muita falta de conhecimento sobre o assunto, pois o que tem de motorista em alta velocidade é brincadeira. Mas vale o aviso: muito cuidado com o pivô de suspensão, pois com a “quebra do pivô a roda cai”. Valeu professor Madeira!

Vinicius Gastin nos dá as boas novas do esporte, com destaque para Jhennifer Alves que conquistou o título no Campeonato Mundial Militar de Natação. Seu inegável sucesso não vem do acaso. Ela garante: “Tudo isso é fruto de um trabalho muito bom e muito forte que faço todos os dias”. Como diz o ditado, sucesso só vem antes de trabalho no dicionário. Fora isso, toda conquista requer suor e força de vontade.

Em “Sociais”, muitos “vivas para Mária Ventura, contando mais um aniversário. Ela, que teve a ventura de ganhar esse nome lindo, é mesmo “nota dez”! Nasceu no último dia 5, “a princesinha Alice”. Conhecendo bem seu vovô Rapiso, imagino a sensação de estar “no país das maravilhas” agora com Alice. E não é para menos!

Sobre a Praça Monsenhor Mielle, em Olaria, vemos que os seus problemas são comuns às outras da cidade, com raríssimas exceções. “Falta limpeza, pintura e, principalmente, serviço de jardinagem”, como afirma Jorge Freiman. As reclamações de vários moradores têm apelos repetidos sobre manutenção, o que não parece coisa impossível de ser feita. De forma pior ainda está o bairro Granja Spinelli. São tantas reivindicações e urgências que nossa viagem, de repente, ficou triste. Contudo, não percamos a esperança de que Nova Friburgo venha a ser uma cidade feliz por inteiro.

A visita do político Ciro Gomes a Nova Friburgo rendeu uma entrevista com Márcio Madeira e o experiente pré-candidato à presidência disse ser o mesmo, “só que agora avô”. Sobre o regime tributário no país, que considera “perverso, injusto e ineficaz”, Ciro reforça que esse sistema “obriga os mais pobres a pagarem mais, dando aos ricos a condição de pagar muito menos”. Vale concluir que já se falando em eleições 2018, o pensamento de Jean-Jacques Rousseau, em “Massimo” vem bem a calhar. “Quem mais demora a fazer uma promessa é quem a cumpre mais rigorosamente”. Assim, menos promessa e mais ação há de ser a tônica das futuras campanhas e o tônico para revigorar nosso dever de comparecer às urnas no ano que vem. Friburguenses de todas as nações, uni-vos!