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Raízes do samba
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“Quem não gosta de samba bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”.
(Dorival Caymi)
Raízes do samba
O samba é um gênero musical oriundo do Rio de Janeiro. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, deriva do samba de roda, um tipo de dança de raízes africanas nascido na Bahia.
Dentre suas características originais, possui dança acompanhada por pequenas frases melódicas e refrões de criação anônima, alicerces do samba de roda. Apesar de ser um gênero musical resultante das estruturas musicais europeias e africanas, foi com os símbolos da cultura negra brasileira que o samba se alastrou pelo território nacional.
Embora houvesse variadas formas de samba no Brasil (não apenas na Bahia, como também no Maranhão, em Minas Gerais, em Pernambuco e em São Paulo) sob a forma de diversos ritmos e danças populares regionais que se originaram do batuque, o samba como gênero musical é entendido como uma expressão musical urbana surgida no início do século XX na cidade do Rio de Janeiro, nas casas das chamadas "tias baianas" — migrantes da Bahia —, quando o samba de roda, entrando em contato com outros gêneros musicais populares entre os cariocas, como a polca, o maxixe, o lundu e o xote, fez nascer um gênero de caráter totalmente singular.
Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1916, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). O sucesso alcançado pela canção contribuiu para a divulgação e popularização do samba como gênero musical.
A partir de então, esse estilo de samba urbano surgido no Rio começou a ser propagado pelo país e, no ano de 1930, foi alçado da condição "local" à de símbolo da identidade nacional brasileira. Inicialmente, foi um samba associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um lugar próprio no mercado musical. Surgiram muitos compositores como Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Pixinguinha, Donga e Sinhô, mas os sambas destes compositores eram amaxixados, conhecidos como sambas-maxixe.
Os contornos modernos desse samba urbano carioca viriam somente no final da década de 1920, a partir de inovações em duas frentes: com um grupo de compositores dos blocos carnavalescos dos bairros do Estácio de Sá e Osvaldo Cruz e com compositores dos morros da cidade como em Mangueira, Salgueiro e São Carlos. Não por acaso, identifica-se esse formato de samba como "genuíno" ou "de raiz".
A medida que o samba no Rio de Janeiro consolidava-se como uma expressão musical urbana e moderna, ele passou a ser tocado em larga escala nas rádios, espalhando-se pelos morros cariocas e bairros da zona sul do Rio de Janeiro. Inicialmente criminalizado e visto com preconceito, por suas origens negras, o samba conquistaria o público de classe média também.
Fonte: www.wikipedia.com.br
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