Duas semanas após a terceira vistoria realizada pela Defesa Civil no segundo estágio do Teleférico de Nova Friburgo, técnicos e engenheiros do órgão voltaram ao local na quinta-feira passada, 23. A inspeção, que atendeu a uma determinação judicial, teve como objetivo avaliar se os serviços exigidos no último dia 9, para a reabertura do espaço, foram efetuados. A ação foi acompanhada pelo secretário municipal de Defesa Civil, coronel João Paulo Mori, o subsecretário Robson Teixeira, o engenheiro Natanael Fonseca e um representante do Teleférico. Segundo Mori, a administração do teleférico cumpriu as cinco exigências de segurança que faltavam para a reativação do equipamento turístico.
“Na nossa última visita ao local, havíamos constatado algumas pequenas irregularidades. Além de alguns galhos que estavam batendo nas cadeiras, havia lixo e entulho na caixa geradora, o para-raio não estava em acordo, o guarda corpo necessitavam de reparos e os extintores tinham que ser trocados. Embora não sejam graves, estas questões eram importantes para a liberação”, explicou Mori, acrescentando: “De acordo com o que compete a Defesa Civil, o equipamento está apto para ser utilizado pela população. Cabe ao proprietário, agora, resolver o restante com a Justiça. Este é um ponto turístico muito importante para Nova Friburgo e tê-lo liberado para funcionamento será de grande valia para todos, especialmente com a chegada das férias escolares”, disse.
Para o proprietário do teleférico, Rodolfo Acri, a expectativa é de que o trecho seja reinaugurado ainda este ano: “Depois que foram constatados os problemas, cumprimos todas as exigências. Já mandamos todos os laudos e documentos necessários para o Ministério Público e estamos aguardando a audiência. Nossa expectativa é que tudo se resolva até a segunda semana de dezembro e possamos liberar o trecho para os friburguenses e visitantes durante o período de férias”, pontuou.
Ainda de acordo com Rodolfo Acri, os novos reparos custaram em torno de R$ 3 mil. O empresário afirmou também que já desembolsou cerca de R$ 100 mil para repor cabeamentos, motores e outros equipamentos que foram roubados e danificados na época da catástrofe e já havia injetado cerca de R$ 10 mil para cumprir exigências da Defesa Civil.
O caso
O complexo do teleférico de Nova Friburgo foi interditado depois da tragédia climática em janeiro de 2011. O primeiro estágio do equipamento e o mirante voltaram a funcionar em 2014, após passar por uma série de testes para comprovar sua segurança. O segundo estágio do equipamento, no entanto, continuou interditado, devido a necessidade de obras e melhorias no local.
Em outubro de 2015, o segundo estágio do teleférico chegou a ser liberado pela Defesa Civil. Na época, o órgão municipal fez 15 exigências; todas solucionadas pelo proprietário. A decisão, entretanto, não foi aprovada judicialmente.
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