A educação ambiental no espaço escolar

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Conforme combinado na coluna anterior, continuo abordando o tema: “Educação ambiental nas escolas”. Foram tantos relatos interessantes que recebi sobre o assunto que é impossível concluí-lo em um só espaço. Uma escola proficiente, é aquela onde o aluno recebe instrução, carinho, alimento, segurança, aprende sobre seus deveres e tem seus direitos respeitados. Esta deve oferecer noções mais que básicas de cidadania, educação ambiental e respeito a alteridade.

 Perguntei a vários profissionais de educação, sobre como anda o debate ambiental nas escolas em que lecionam, e são essas experiências que eles relataram. Segundo a doutorando Ariana da Rosa Silva (professora de Língua Portuguesa, Literatura e Redação, especialista em Leitura e Produção Textual (Unesa), mestra em Estudos de Linguagem (UFF), doutorando em Estudos de Linguagem (UFF) )“Pensar na educação ambiental é uma obrigação de toda a sociedade, uma vez que precisamos ajudar na formação cidadãos que cuidem do ambiente em que vivem. No entanto, o que se vê nas escolas está longe de ser o ideal. Muito pouco tem sido feito para ensinar às crianças e aos adolescentes sobre a importância de cuidar e preservar o meio ambiente. O que há, na verdade, são ações isoladas de alguns professores dentro das salas de aula.”

Ainda segundo Ariana, pensa erroneamente quem diz que esta é uma tarefa destinada apenas aos professores de Ciências Biológicas, ou seja, o tema deve ser tratado transdisciplinarmente. “A educação ambiental deve estar presente nas pequenas ações do dia a dia, envolvendo toda a comunidade escolar, trazendo desde ensinamentos sobre não jogar lixo no chão ou não desperdiçar água, mas também, principalmente, estimular a conscientização sobre o consumismo exagerado e o desperdício que levam, por exemplo, ao desmatamento e, consequentemente, à degradação do meio ambiente.”

O papel do professor

Uma coisa é ter um sonho, outra é viver o sonho. O professor precisa ter a ideia da sustentabilidade como uma lógica que propõe a continuidade da nossa existência. Não basta falar da coleta seletiva, ou mesmo da importância do consumo consciente se a prática não demonstra aquilo que se quer entronizar. Quero dizer com isso que não posso ensinar aos outros aquilo que não pratico. O exemplo é o melhor instrumento didático. O professor possui nas mãos toda a energia que moldará a sociedade em seus valores, costumes, e práticas, assim tamanha é a importância de se apresentar os saberes que serão fundamentais para o desenvolvimento de qualquer ciência. De que adianta desenvolvermos a tecnologia para habitar em marte se no planeta terra, cuja a vida é abundante, não conseguirmos mantê-la em toda sua diversidade?

O compromisso é de todos, professores, diretores, colaboradores, pais e alunos. Não podemos mais viver a ideia de progresso como se ela estivesse atrelada somente ao desenvolvimento das manufaturas. O progresso é também das ideias, dos costumes e das práticas, que garantam a realização dos mais básicos impulsos, a sobrevivência e a continuidade da vida.

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Renata de Rivera

Meu Bairro Sustentável

O projeto do núcleo Meu Bairro+200 idealizado por Renata de Rivera visa tornar Nova Friburgo uma cidade sustentável. Sua coluna traz dicas de ações por uma cidade mais limpa, com menos lixo e poluição e uma vida mais saudável.

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