Pobre homem do campo

Edição: 16 e 17 de setembro de 1967

Pesquisado por Guilherme Alt

Manchetes:

• Continuam os fracassos da economia dirigida! Os armazéns do Saps, agora controlados pela Cobal, estão cobrando preços mais elevados que as mercearias, coisa que constitui a mais autêntica aberração. É de notar-se que o órgão controlador a que nos referimos tem isenção total de impostos e dinheiro à vontade para estocar mercadorias nas devidas oportunidades.
• Pobre homem do campo: até os órgãos oficiais castigam-no. O deputado Ordener Veloso reclamou providências urgentes do Ibra, que até a presente data não remeteu as faturas para pagamento do imposto territorial. Declarou que essa desídia do órgão competente vem acarretando sérios prejuízos aos proprietários rurais que se deslocam às sedes dos municípios para efetuar pagamento aos bancos desses tributos e nada encontram que o possam orientar — sujeitos que ainda estão do pagamento de multas pelo não recolhimento dentro do prazo.
• Deputado Álvaro Almeida apresenta moção de pesar pelo desaparecimento de Leonardo: do Cineme volante da U.S.I.S. “Requeiro após ouvir o plenário, seja encaminhado, seja encaminhado ao Serviço de Divulgação e Relações Culturais da Embaixada dos Estados Unidos da América do Norte, Moção de Pesar pelo infausto desaparecimento do Sr. Leonardo Correia de Azevedo, funcionários do aludido Serviço da Embaixada Norte Americana.”.
• Deputado Messias Teixeira em Pernambuco, representando a Assembleia Legislativa. Por indicação da Assembleia Legislativa, o deputado friburguense Messias Teixeira embarcou dia 10 pelo avião da Varig para representá-lo no V Congresso Legislativo Nacional a ser realizado em Recife-PE. O deputado Messias Teixeira defenderá duas importantes teses: Apuração das Eleições sobre as Mesas Receptoras e a urgência de criação de usinas atômicas para fins pacíficos no Brasil.

Notas sociais:

• O AVS registra os aniversários de: João Caputo (16); Angela Spinelli, Rubem Leal Pinto (17); Edelvira Mello (18); João Batista da Silva, Maria Nilda Kemp (19); Paulo Sérgio Cúrio (20); Mario da Silva Miranda, Noemia Bizzoto, Joel Namen (21); José Nunes Figueiredo (22).

Colunas:

• Em “Ordem do Dia” Pedro Cúrio assina “Como Surgiu Friburgo”. “O bom filho a casa torna”. Antes de entrarmos no mérito desta réplica, queremos registrar o contentamento pelo retorno do nosso fraterno amigo, Hélio Veiga, às lides jornalísticas e social, com o proverbial talento e perene alacridade já patenteada no recente artigo “1818 e 1968”, da qual aplaudimos o primeiro trecho. Não se pode conceber a vida política, jurídica, jornalística, esportiva e social de Friburgo sem a sua presença sempre jovial e foi por isso que a dona Parca capitulou, deixando-a com todo vigor espiritual.
• Nelson Kemp assina “Facetas de Nilo Peçanha”. Ao eficiente colaborador da 6ª arma – Edmundo Abreu – correligionário do Defensor da Democracia. Na presidência do Estado, Nilo Peçanha, chegava aos municípios de surpresa e ia direto à Coletoria, na indagação da receita e arrecadação do Estado, ouvindo do coletor de dados exatos da situação financeira. O imprevisto da visita não perturbava o funcionalismo que prestava ao chefe do Executivo Fluminense todas as informações solicitadas.
• Em “Nova Friburgo na Sociedade”, W. Robson assina “Maria da terra no céu com Maria”. A verdade é que em todas as Marias que tenho conhecido neste mundo, sempre vejo refletir uma límpida alma num diferente brilho de bondade e de ternura. Daí sentir profundamente o hino de amor em forma de música popular, do imortal Ary Barroso, quando poeticamente assim afirma “Maria, o seu nome principia na palma da minha mão e cabe bem direitinho dentro do meu coração”.
• Em “Retalhos” J.B da Silva destaca seu encontro com Padre Tarcísio. Em suas palavras “desconhecíamos que éramos bons amigos dos melhores tempos... Conversamos sobre tudo e quase todos.” J.B da Silva elogiou todos os colégios que desfilaram no feriado de 7 de setembro, principalmente o Colégio Rui Barbosa, que recebera na véspera a visita do prefeito e “pediu aos alunos que caprichassem no desfile”. Destacou também a instalação da Inspetoria do Trabalho, “um ponto de orientação e não de fiscalização”.

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