Águas de Nova Friburgo apresenta tubos para as estações de tratamento de esgoto

segunda-feira, 04 de maio de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Águas de Nova Friburgo apresenta tubos para as estações de tratamento de esgoto

Nesta quinta-feira, 30, chegaram a Nova Friburgo carretas transportando tubos de ferro fundido para a construção das redes que vão coletar o esgoto e levar até as estações de tratamento. Desde o início de janeiro, o governo municipal vem se reunindo com os novos gestores da concessionária, que acataram a solicitação do prefeito Heródoto Bento de Mello para modificar o projeto do sistema de esgotamento sanitário, em relação ao que estava estabelecido no contrato: ao invés de uma única estação de tratamento de esgoto, agora serão construídas seis. A população começa a ver a realização de um antigo sonho, que é ver os rios limpos de novo, como vem defendendo o chefe do executivo friburguense. A Voz da Serra entrevistou o superintendente de Águas de Nova Friburgo, Alexandre Bianchini, que falou sobre as ações da concessionária para tirar a cidade da lastimável estatística do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na qual metade dos municípios brasileiros não possui tratamento de esgoto.

AVS - Nova Friburgo finalmente vai ter tratamento de esgoto?

Alexandre Bianchini – No que depender de nós, com certeza. Isto é prioridade para o Grupo Águas do Brasil, porque sabemos da importância deste serviço para a qualidade de vida. Saneamento e saúde andam juntos. A falta de coleta e tratamento de esgoto é a principal causa da mortalidade de crianças de zero a cinco anos de idade por diarreia e doenças parasitárias, enfermidades que proliferam em áreas sem saneamento básico. Em conjunto com a Prefeitura, vamos modificar este cenário em Nova Friburgo, promovendo o saneamento dentro das metas rígidas determinadas pelo poder concedente.

AVS - Já existia um projeto?

Alexandre Bianchini – Existia um projeto feito pelos antigos controladores da Caenf, mas não será utilizado, porque previa uma única Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em Conselheiro Paulino. A pedido do prefeito Heródoto Bento de Mello, elaboramos um novo projeto, com muito critério, para gerar um sistema eficiente e adequado à geografia do município.

AVS – Quais as mudanças neste projeto?

Alexandre Bianchini – É um projeto totalmente novo, que prevê a construção de seis ETEs nos próximos quatro anos, contemplando os bairros mais populosos da cidade como Centro, Olaria, e Conselheiro Paulino. Juntas estas estações vão tratar mais de um bilhão de litros de esgoto por mês.

AVS – Onde vão ficar as outras estações?

Alexandre Bianchini – Além desses bairros que lhe falei, serão construídas estações no Cônego, Ponte da Saudade e Córrego D’antas. A concessionária também vai operar a ETE Campo do Coelho, viabilizada através de um convênio com a Prefeitura, Serla e Consórcio Intermunicipal BNG2. Com estas ETEs, em pontos estratégicos do município, os rios e córregos da cidade vão recuperar a vida, preservando as características, porque o sistema vai coletar o esgoto de uma região, tratar e devolver a água limpa ao rio mantendo assim o volume daquele curso d’água.

AVS – Quando será construída a primeira estação?

Alexandre Bianchini – Este ano começaremos a construir a ETE Olaria, que terá capacidade para tratar 300 milhões de litros de esgoto por mês. Ela foi projetada para atender ao crescimento da população, estimado em 41.750 habitantes até 2012.

AVS – Você falou em metas rígidas impostas pelo governo municipal. Quais são os prazos?

Alexandre Bianchini – O tratamento vai atingir 30% do município até o final do próximo ano, 60% em dezembro de 2011 e 90% em dezembro de 2012.

AVS – Quais os investimentos previstos?

Alexandre Bianchini – No momento em que o mundo começa a sentir uma grave crise econômica e as grandes companhias brasileiras e multinacionais anunciam redução de custos, demissões, adiamento e até cancelamento de projetos, o Grupo Saneamento Ambiental Águas do Brasil investe em obras de água e esgoto no Brasil e assume a liderança do setor privado no país neste segmento. Um grupo 100% nacional que vai investir em Nova Friburgo R$ 80 milhões em apenas quatro anos.

AVS – O esgoto é o grande desafio de Águas de Nova Friburgo?

Alexandre Bianchini – Sem dúvida. Entendemos que existe uma grande ansiedade por parte dos friburguenses em ver logo os rios livres do lançamento do esgoto. A falta do tratamento foi apontada em uma pesquisa realizada em dezembro pelo grupo Gerp, como um dos seis principais problemas no município. A Águas de Nova Friburgo tem o compromisso de sanar este problema a curto prazo. O que pedimos e já estamos recebendo, tanto da Prefeitura e das entidades representativas quanto da população, é um voto de confiança baseado nos resultados dos trabalhos efetuados pelo grupo em outras cidades como Niterói, Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Resende, Araruama, Saquarema e Silva Jardim. Somando são 1,5 milhão de habitantes atendidos. Para dar um exemplo, Niterói se tornou modelo nacional de excelência, no qual 100% da população têm acesso a água tratada e 90% contam com coleta e tratamento de esgoto. Para chegar a estes números, a Águas de Niterói implantou sete estações de tratamento de esgoto em sete anos de concessão. E aqui em Nova Friburgo, os resultados também serão positivos. Vamos implantar o tratamento de esgoto, inclusive nos distritos, criar a tarifa social, universalizar o abastecimento de água, o que significa 100% dos imóveis recebendo água com qualidade, e vamos abrir uma central de atendimento no centro da cidade para que o cliente tenha mais facilidade e conforto na relação com Águas de Nova Friburgo.

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