Cai previsão da inflação

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Cai previsão da inflação

Depois de cinco aumentos consecutivos, o mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano. Desta vez, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,51% para 3,45%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do Banco Central (BC) todas as semanas, com projeções para os principais indicadores econômicos. Para 2018, o IPCA foi mantido em 4,20% há seis semanas consecutivas. As estimativas para os dois anos permanecem abaixo do centro da meta de 4,50%, que deve ser perseguida pelo BC. Essa meta tem ainda um intervalo de tolerância entre 3% e 6%.

Custo da construção avança

O Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado (INCC-M) acelerou este mês ao passar de uma variação de 0,22% em julho para 0,40% em agosto. Nos últimos 12 meses, o índice acumula avanço de 4,36%. Houve aumento médio tanto de materiais, equipamentos e serviços (de 0,03% para 0,20%) quanto da mão de obra (de 0,37% para 0,56%).

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O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) e foi calculado com base nos preços praticados entre 21 de julho e 20 de agosto em sete capitais: Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo. Esse índice é um dos três componentes do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

Arrecadação é menor

O fraco desempenho da economia e a redução de pagamento de tributos por instituições financeiras fizeram a arrecadação federal registrar em julho o menor nível em sete anos. Segundo dados divulgados pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 109,948 bilhões no mês passado, queda de 0,34% em relação a julho do ano passado, descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em valores corrigidos pelo IPCA, esse é o menor nível para o mês desde 2010.

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Nos sete primeiros meses do ano, a arrecadação federal acumula R$ 758,533 bilhões, também o menor valor desde 2010. O montante é 0,61% maior que o do mesmo período de 2016, descontando a inflação pelo IPCA. Esse crescimento acumulado, no entanto, decorre unicamente das receitas não administradas (principalmente royalties do petróleo), que subiram 49,9% de janeiro a julho acima da inflação em relação aos mesmos meses de 2016.

Roubo de cargas no Rio

O governo do Rio de Janeiro divulgou nota ontem, 28, em que afirma que os índices de roubos de cargas nas estradas federais que cortam o estado diminuíram e que em algumas rodovias a queda chega a menos de 50%. As informações têm como origem dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo dados do governo do Rio, os números são “os primeiros resultados da integração entre as Forças de Segurança estaduais e federais. As informações da Polícia Federal indicam que os roubos começaram a diminuir já a partir do início do segundo semestre do ano, quando o reforço no patrulhamento das rodovias foi intensificado”.

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Dos 117 casos registrados em junho, o número de roubos de carga caiu para 37 até a última sexta-feira, 25, diz a nota. “Na Via Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, os roubos caíram 52%. Entre 15 de junho e 14 de julho, foram 57 casos. Entre 15 de julho e 17 de agosto último, o número caiu para 27”.

Crédito agrícola aumenta

Mesmo em um cenário de crise e de cortes no Orçamento, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) aumentou a concessão de crédito em 3,4% na safra 2016/2017 em comparação com a safra 2015/2016, segundo a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), atingindo R$ 22,7 bilhões. No mesmo período, o crédito rural teve uma redução de 2,7%.

Fisco de olho nos bancos

Principais responsáveis pela queda da arrecadação federal em julho, instituições financeiras serão investigadas pela Receita Federal, disse o chefe do Centro de Estudos Tributários do órgão, Claudemir Malaquias. Segundo ele, o Fisco investigará os motivos que têm levado os bancos a reduzirem o pagamento de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

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De acordo com Malaquias, existem quatro hipóteses prováveis: a expectativa de um novo parcelamento de dívidas de contribuintes com a União, o aumento das provisões dos bancos para cobrir empréstimos concedidos a devedores duvidosos (que diminuem o lucro das instituições financeiras), dificuldades na recuperação de créditos de inadimplentes e outras operações no sistema financeiro.

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