A Voz da Serra é como um pai – “Mais, muito mais que um amigo”!

Com tantos papais modernos no Caderno Z, rendo uma singela homenagem ao meu pai que completaria este ano o seu centenário. Aos noventa, quando nos deixou, era também um pai desses do Z – “Mais, muito mais que um amigo”. Chega a ser impossível concentrar na folha A4 tantos depoimentos de pais e de filhos para as homenagens. Alessandro Lo-Bianco, pensando no futuro da filha, confessa – “Às vezes nem durmo pensando como a vida vai machucá-la”. Diante das mazelas do mundo atual, esse sentimento, mais do nunca, é compartilhado pela ansiedade paterna de sempre fazer o melhor. Edison Santiago, elogiado pelos filhos, tem a “honestidade que existe até quando ninguém está olhando”. Ah, se ele fosse político, salvaria o Brasil!

Com Raphael Oliveira partilhamos a ideia de que “nunca estaremos preparados para uma gestação”. Bruno Milhorance já entendeu o espírito da coisa – “Quando chega o momento, você vê que ainda não está preparado”. Vanusa Marchon entrega o ouro – “O pai de Bento sempre foi um lorde como marido. Como pai, sabia que não seria diferente”. Que a vida o conserve assim, Vanusa! Marcus Almeida - “se tivesse 10 vidas, 11 daria pelos filhos”. Allan Nogueira tem no filho um parceiro de aventuras e bota aventura nisso, pois subir até a cratera do “Lascar”, no Atacama, deve ser mesmo de lascar! “Sem babás nem creches”, Juliano Rodrigues afirma – “É como se eu estivesse preparado para ser pai a vida toda”. Na expectativa de conhecer o “serzinho”, o pai de Duda, Diego Pernanchini, desabafa a sensação – “Um amor inenarrável”. Com tantas demonstrações de afeto, cabe-nos enviar ao professor Madeira, pai do pequeno Francisco, um forte abraço, garantido que durante a semana aprenderemos sobre “Cambio CVT”. Como nem tudo pode ser perfeito, a ausência do pai, às vezes presente, pode interferir no desenvolvimento da criança. “Impressões” foi fundo na questão.

Nova Friburgo é linda e fica mais linda ainda quando se juntam a natureza e a criatividade dos artistas. Prova disso é a Avenida Euterpe. Não há mais estresse quando o trânsito para; basta olhar as pinturas nos muros, se encantar e relaxar. O trabalho artístico, além de embelezar, contribui para amenizar as tensões do dia a dia. Melhorar as condições de vida é o x da questão da existência. O Dr. Gustavo Ventura, cirurgião cardíaco, em entrevista com Ana Borges, ressalta a importância da prevenção e dos cuidados com a saúde, nos dando um norte de que a medicina “está prolongando a existência das pessoas com qualidade de vida”. Bom para a saúde é também a trova e David Massena, o iluminado, trouxe informações sobre o andamento do Juventrova, citando a seção da UBT de São Gonçalo. Realmente, a trova tem todos os ingredientes para a boa formação e aprimoramento da nossa gramática. Temos certeza disso!

Dói saber que somos o município da Região Serrana com o maior número de casos de violência contra a mulher e o pior é que “o inimigo pode estar mais perto do que se imagina”. Não poderíamos reverter esses quadros de desajustes pela cultura? O artista plástico Marcelo Brantes entende que “a arte tem um enorme poder de transformação”. Na exposição “Aura”, com obras de Cacau Rezende e Mariane Monteiro o público se enternecerá com as mensagens mais sutis da criação artística.

Em “Há 50 Anos”, uma nota sobre Stanislaw Ponte Preta e o “Festival de Besteiras”. Lembram desse festival que assolava o país? Pois se fosse hoje, com a onda de corrupção, daria muito enredo para o “Ponte” fazer das suas! Em Massimo – vamos falar “sem rodeios” e veremos pra que lado a corda vai ceder. Excepcionalmente, voltando ao Caderno “Z”, Guilherme Alt trouxe notícias do salariozinho de Neymar no Paris Saint Germain. Traduzindo para a nossa moeda, o jogador vai receber cerca de R$ 105 milhões por ano, equivalendo a R$ 290 mil por dia ou R$ 12 mil por hora. Até o milésimo de segundo do “craque” vale 35 centavos! E, você, que me lê com tanto carinho, você já fez a conta de quanto vale o seu “milésimo de segundo” de trabalho?