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Cinema de fluxo, uma experiência sensorial
Desde o fim da década de 90, um novo estilo de realizar filmes se consolidou em diversos países: o chamado Cinema de Fluxo. Suas obras têm a proposta de construção de um tempo não linear, caracterizado não mais por uma representação cronológica dos fatos. Nelas prevalecem blocos de afeto cheios de plenitudes e esvaziamentos, fragmentos de vida sem significados fechados, além da preferência pelo sensorial e pelo corpóreo, em detrimento da psicologia e do discurso. São filmes que não possuem a preocupação em criar clímax, nem a oscilação dramática, demonstrando certa indiferença ao tempo e à passagem dos fatos.
Trata-se de uma vertente do cinema moderno, constituída anteriormente pelos cineastas Michelangelo Antonioni, John Cassavetes, Andy Warhol e Robert Bresson, entre as décadas de 50 e 80. Esses são alguns dos nomes que experimentaram a verdadeira história do filme como comportamento da luz, com a captação do movimento e o sentimento dos ritmos. Para eles, mais importante que o conjunto das ações é criar a experiência sensorial.
Como todo movimento cinematográfico precisa se posicionar no tempo, o primeiro longa-metragem – “Misterioso Objeto ao Meio-Dia” (Dokfa nai meuman, 2000) – do cineasta tailandês Apichatpong Weerasethakul, determinou a consolidação do estilo fílmico. O diretor é apontado por grande parte da crítica como um dos poucos a conceber, em todos os seus filmes, a estética do fluxo. Essa, por sua vez, representa o conjunto de narrativas contemporâneas constituídas a partir de sensações, desdobrando-se num trabalho de câmera capaz de explorar a relação corpo/espaço dentro de uma experiência do tempo como atmosfera.
Cineastas dessa vertente estão em plena atividade e ganham cada vez mais espaço nas salas de cinema, inclusive no Brasil. Exemplos disso são a recente exibição do último filme de Apichatpong, “Cemitério de Esplendor” (Rak ti Khon Kaen, 2015), em diversas cidades do Brasil, e o filme “A Assassina” (Nie yin niang, 2015), do chinês Hou Hsiao-Hsien.
O Cinema de Fluxo promete levar o público a substituir sua ideia de espaço e tempo, marcada por uma rigidez territorial questionável no contexto do mundo contemporâneo. Esteja com a mente e coração abertos para o novo!
Game of Thrones
A aclamada série retorna para sua 7ª temporada neste domingo, e o inverno está chegando! Pelos trailers divulgados, um inimigo muito maior e mais forte se aproxima para deixar os sete reinos com arrepios. O final da 6ª temporada deixou o jogo arrumado para a batalha pelo trono. --- SPOILERS pela frente, Daenerys Targaryen finalmente embarcou para Westeros, enquanto Cersei Lannister pôs fim aos seus rivais em Porto Real e foi coroada rainha e Jon Snow foi aclamado Rei do Norte, Fim do SPOILERS ---.
Em vez dos dez episódios habituais, serão apenas sete. Mas pelo menos vários deles serão mais longos, com o último somando 81 minutos de duração. A produção, que estreia em abril, como de costume, foi adiada para julho, porque precisava gravar no auge do inverno para dar mais autenticidade à trama.
A trama do sétimo ano continua sem ser revelada, e por enquanto as novidades da série estão por conta do elenco. O vencedor do Oscar, Jim Broadbent, se junta à série como um dos mestres da Cidadela. O cantor Ed Sheeran tem uma participação especial confirmada na sétima temporada da série. Brent Hinds, do Mastodon, que já havia interpretado um Selvagem no quinto ano, volta como um Caminhante Branco. A banda Bastille também vai aparecer em cena.
Os capítulos inéditos do penúltimo ano de Game of Thrones vão ao ar em 16 de julho, pela HBO às 22h. Marque na agenda!
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