Alejandra Ana Rotania de Pozi

quarta-feira, 22 de abril de 2009
por Jornal A Voz da Serra

Uma das figuras mais atuantes do movimento feminista em Nova Friburgo, Alejandra Rotania, faleceu na manhã do último 17, aos 59 anos, no Hospital Unimed, em função de complicações decorrentes de um câncer. Nascida na Argentina em 13 de maio de 1949, Alejandra estava radicada há mais de 20 anos em Friburgo, onde era uma figura muito querida por mulheres das mais variadas idades, profissões e classes sociais. Um dos motivos disso foi o trabalho desenvolvido por ela à frente do Ser Mulher - Centro de Estudos e Ação da Mulher Urbana e Rural, do qual foi fundadora em 25 de agosto de 1989. Também foi presidente e coordenadora executiva de programas e projetos da entidade que é referência na região pelo trabalho em defesa da cidadania e dos direitos das mulheres.

Mestre em Ciências Sociais pelo Iuperj/RJ e doutora em Engenharia de Produção pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Alejandra foi titular representante de usuários da Comissão Nacional de Ética em Pesquisas do Conselho Nacional de Saúde (Conep/Cns). Professora de Bioética no curso de medicina da Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro, ela foi filiada à rede nacional feminista de saúde e direitos sexuais reprodutivos.

Seu vasto conhecimento acerca das questões femininas e das novas tecnologias reprodutivas e genéticas e bioética resultou em uma série de artigos publicados em jornais e revistas especializadas. Também foi autora e organizadora de diversos livros sobre o tema.

Casada com Álvaro de Pozi, Alejandra tinha um casal de filhos, Ramiro e Camila e um neto. Seu corpo foi velado na Capela do Cemitério São João Batista e seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi cremado. O funeral contou com grande acompanhamento de familiares e amigos. “Alejandra deixa-nos um exemplo de luta, resistência e otimismo. Sua postura crítica, suas contribuições teóricas e políticas, seu engajamento e firme convicção na transformação social a partir do fortalecimento das mulheres. Ficam as lembranças, a saudade e a força pela luta em favor de um mundo mais justo e igualitário”, destacam as companheiras do Ser Mulher.

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