A campanha nacional de vacinação contra a gripe, que foi encerrada na última sexta-feira, 9, não bateu a meta em Nova Friburgo. O Ministério da Sáude queria que 90% do público-alvo fosse imunizado, mas na cidade, no estado e no país isso não aconteceu. A baixa procura às vésperas do inverno preocupa autoridades de saúde.
“Isso pode ocasionar um aumento no número de atendimentos nas emergências dos hospitais durante este período mais frio do ano por conta de síndromes respiratórias agudas”, prevê a subsecretária municipal de Vigilância em Saúde, Fabíola Braz Penna.
Em Friburgo, foram aplicadas 48.345 doses da vacina, desde o início da campanha em 17 de abril. Isso representa 82,44% da população prioritária. Cerca de 60% das crianças e gestantes foram vacinadas. Puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), idosos e trabalhadores da saúde atingiram a meta de 90%. Já professores e doentes crônicos não tinham meta a cumprir.
A Secretaria municipal de Saúde não informou qual foi a procura da população em geral nos postos, na última semana, quando as doses passaram a ser oferecidas a todos para evitar desperdício. A prefeitura também não divulgou quantas doses sobraram no estoques das unidades de saúde da cidade.
A vacinação na cidade continua agora apenas para idosos acamados e para crianças que devem tomar a segunda dose (reforço). A orientação do estado, porém, é para que os municípios que não atingiram a meta de vacinar 90% do público-alvo continuem a disponibilizar a vacina para a população, mesmo com o fim da campanha.
O estado também não bateu a meta do Ministério da Saúde: 3,6 milhões de doses da vacina foram aplicadas, ou seja, 79% do público-alvo foi imunizado. Entre as pessoas que não fazem parte da população alvo, 132,6 mil receberam as doses na última semana. Somente 19 municípios bateram a meta. No Brasil, 46 milhões de pessoas foram vacinadas, número que representa 82,5% da meta.
A vacina protege contra três subtipos do vírus da gripe: A/H1N1, A/H3N2 e influenza B e é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves da doença. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
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