Efeito Temer

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Efeito Temer

A Bolsa de Valores brasileira perdeu R$ 219 bilhões na última quinta-feira, 18. As empresas com maiores perdas: Petrobras: R$ 27,4 bilhões; Itaú/Unibanco: R$ 26,6 bilhões; Bradesco: R$ 24,4 bilhões; Banco do Brasil: R$ 18,7 bilhões; Ambev: R$ 13,1 bilhões e Santander: R$ 11,9 bilhões.

Ancine tem projetos

A Agência Nacional do Cinema (Ancine) lançou na quinta-feira, 18, no Rio, quatro chamadas públicas do Programa Brasil de Todas as Telas que, juntas, totalizam R$ 192,3 milhões de investimentos no setor audiovisual. O anúncio foi feito pelo diretor-presidente da agência, Manoel Rangel, que também apresentou a segunda etapa do Plano de Qualificação da Gestão de Financiamento – Ancine + Simples, que tem como objetivo dar mais agilidade e transparência às operações da autarquia, responsável pelo fomento e pela regulação do setor.

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Nesta segunda-feira, 22, serão abertas as inscrições, que prosseguem até 7 de julho, para a quinta edição do edital Prodav 03/2017 – Núcleos Criativos, no valor de R$ 14 milhões. Serão selecionadas 14 novas propostas de projetos que reúnam profissionais de criação e roteiristas com o objetivo de desenvolver roteiros de filmes, séries, programas e formatos para televisão.

Pessimismo predomina

O novo embaraço no cenário político envolvendo o presidente Temer afetará de forma significativa a economia brasileira e retardará a retomada do crescimento. Esta é a opinião de especialistas, para os quais a incerteza trará uma nova leva de pessimismo no consumidor, que pode segurar os gastos e fazer com que os indicadores econômicos apresentem nova queda no próximo trimestre.

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Para o professor da FGV, Joelson Sampaio, Temer tem que agir para conseguir manter a governabilidade, situação essa que se não for acertada, resultará em uma total desestruturação de sua gestão e por consequência, a não aprovação das reformas trabalhista e previdenciária, tão aguardadas por diversos setores da economia. “As reformas eram a sinalização da retomada econômica do país. Agora, após tudo o que aconteceu, será necessário ele reverter à situação para conseguir”, explicou Sampaio.

Empresários lamentam

Entidades setoriais já sinalizaram preocupação em relação a esse tema. Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) afirmou que era de pensar no país. “A Abimaq, que representa cerca de 7500 empresas do setor de bens de capital mecânicos, esclarece que independentemente do momento atual vivido no Brasil, o Poder Legislativo precisa dar continuidade à agenda de reformas, previdenciária, trabalhista, tributária e da medida provisória 774 que trata do PRT – Programa de Recuperação Tributária (Refis)”.

Desemprego recorde

A taxa de desemprego atingiu patamar recorde em 25 Unidades da Federação no primeiro trimestre de 2017, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), cuja série histórica foi iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As únicas exceções foram Rondônia (8%) e Tocantins (12,6%), que tinham registrado taxas mais altas em 2016. 

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A taxa mais elevada do primeiro trimestre foi verificada na Bahia, onde alcançou 18,6%. No entanto, houve forte deterioração também em estados de peso na pesquisa, como São Paulo (14,2%) e Rio de Janeiro (14,5%).  A taxa de desemprego no Rio de Janeiro teve um aumento de 45% em relação ao primeiro trimestre de 2016. Em São Paulo, o avanço foi de 18,3%. 

Débito automático

O portal do Simples Nacional está disponibilizando a possibilidade de que microempreendedores individuais (MEIs) paguem o Documento e Arrecadação do Simples Nacional (DAS) por meio de débito automático. Com isso, o método de pagamento de tributos mensais será facilitado. Para usar essa ferramenta, basta que o MEI acesse ao portal do Simples Nacional e preencha os dados de acesso.

Bancos financiam menos

Em março, a fatia média do valor dos imóveis financiados por bancos recuou para 58,2%. Esse é o menor nível desde 2007, quando o percentual chegou a 56,4%. Os dados são Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e consideram os empréstimos concedidos com recursos da poupança.

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O percentual em 58,2% significa, na prática, que um imóvel avaliado em R$ 100 mil teria R$ 58,2 mil financiados por bancos. Essa fatia média financiada está bem abaixo do limite anunciado pelas instituições financeiras, que chega a 90% nos bancos públicos.

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