Confiança da família

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Confiança da família

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 77,7 pontos em maio de 2017, em uma escala de 0 a 200. O aumento de 11,1% em relação ao mesmo período do ano passado é a terceira variação positiva consecutiva, fato que não ocorria desde 2012.

“A confiança das famílias segue em trajetória positiva apesar da pequena queda mensal nos meses de abril e maio. A melhora nas expectativas das famílias se dá, principalmente, pelas notícias favoráveis à retomada da economia, como a desaceleração da inflação, a queda dos juros e a liberação de recursos de contas inativas do FGTS”, aponta a CNC em nota.

Inflação acelera

O Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), acelerou em quatro das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de maio em relação à primeira leitura do mês, divulgou a instituição ontem. No geral, o IPC-S subiu de 0,26% para 0,30% entre os dois períodos. As quatro cidades que apresentaram acréscimo na taxa de variação de preços foram Salvador (-0,22% para -0,04%), Belo Horizonte (0,06% para 0,19%), Recife (0,53% para 0,68%) e São Paulo (0,10% para 0,19%). Por outro lado, três cidades registraram decréscimo na taxa de variação na segunda quadrissemana de maio, segundo a FGV: Brasília (0,03% para -0,02%), Rio de Janeiro (0,54% para 0,44%) e Porto Alegre (0,59% para 0,57%).

Mais contratações

Com a retomada da economia, o mercado de trabalho já dá os primeiros sinais de recuperação. Em abril, 59,8 mil vagas formais foram criadas – esse foi ainda o primeiro resultado positivo para abril desde 2014. Os dados fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados na terça-feira, 16.

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Segundo o Ministério do Trabalho, no mês passado ocorreram 1,14 milhão de admissões e 1,08 milhão de desligamentos, ou seja, o País contratou mais do que demitiu. Em abril do ano passado, o mercado de trabalho formal tinha registrado a perda de 62.844 postos de trabalho. O setor de serviços foi o que registrou melhor desempenho, com um saldo de 24,7 mil contratações; seguido pela agropecuária (14,6 mil); indústria de transformação (13, 7 mil); e comércio (5,3 mil).

Comércio teve queda

Pesquisa realizada pelo Serviço Central de Proteção ao Crédito – Boa Vista SCPC apontou que o movimento do comércio brasileiro apresentou queda de 1,0% no mês de abril, dados esses com ajustes sazonais. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior à queda foi acentuada ao atingir 5,2%. Na avaliação do SCPC, com base no acumulado de 12 meses – que corresponde a maio de 2016 até abril de 2017, a queda no movimento do comércio foi de 3,4% ao se comparar com os 12 meses antecedentes.

Financiamento de veículos

Cerca de R$ 22 bilhões foram liberados por bancos de montadoras e instituições independentes no primeiro trimestre deste ano para financiamentos de veículos. Este valor é 18,4% superior ao registrado no mesmo período de 2016. Segundo dados divulgados no boletim da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) foi responsável por 50% dos financiamentos fechados no primeiro trimestre deste ano. Na sequência ficou o modelo de consórcio, com 5%. O leasing teve apenas 1% do total. As compras à vista atingiram a marca de 44%.

Serasa vê crescimento

O Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica registrou crescimento de 0,9% no primeiro trimestre do ano. O índice, divulgado nesta terça-feira 16, indica a retomada da economia do País, que não registrava resultado de crescimento desde 2015.

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“A atividade econômica terminou o primeiro trimestre com expansão de 0,9%, caracterizando, portanto, o fim da recessão econômica que se estendeu por dois anos, isto é, desde o início de 2015”, destacou a Serasa Experian em nota.

Projetos esportivos

O projeto que estende até 2025 o prazo de validade da Lei de Incentivo ao Esporte foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado. O projeto também aumenta a dedução do Imposto de Renda de 1% para 4% para as empresas que patrocinem projetos aprovados pelo Ministério do Esporte. O texto segue para análise da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da casa.

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Pela legislação atual, a lei de incentivo segue até 2022 e as empresas podem deduzir no máximo 1% do IRPJ em patrocínios a projetos ou equipes olímpicas e paralímpicas. O Projeto de Lei do Senado é iniciativa do senador Romário (PSB-RJ).

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