Reduzindo a inflação

segunda-feira, 08 de maio de 2017

Reduzindo a inflação

O mercado financeiro reduziu - pela nona vez seguida - a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano. Agora, a estimativa da inflação passou de 4,03% para 4,01%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC) e divulgada às segundas-feiras. A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta que é 4,5%. Para 2018, a estimativa subiu de 4,30% para 4,39%.  A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (PIB) este ano foi ajustada de 0,46% para 0,47%. Para 2018, a expectativa é que a economia cresça 2,5%, a mesma projeção sete semanas consecutivas.

Ranking de reclamações

O Banco do Brasil liderou as reclamações entre clientes no primeiro trimestre deste ano, segundo ranking divulgado no último dia 5 pelo Banco Central (BC). Em segundo lugar está o Bradesco e, em terceiro, a Caixa Econômica Federal. O ranking levou em conta os bancos com mais de quatro milhões de clientes. Os principais motivos de reclamação de bancos nos três primeiros meses do ano foram irregularidades relativas à segurança, sigilo ou legitimidade das operações (a maior quantidade de reclamações nesse quesito foi direcionada à Caixa), oferta ou prestação de informação inadequada (liderada pelo Bradesco) e débito em conta não autorizado pelo cliente (o mais reclamado foi o Banco do Brasil).

Jovens desempregados

Moradores da Região Norte, pessoas com nível intermediário de educação (que já completaram o ensino fundamental, mas ainda não o médio) e os jovens foram os que mais perderam emprego no país, em 2016, segundo a 62ª edição do Boletim Mercado de Trabalho, divulgado semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O documento mostra que, entre os jovens de 14 a 24 anos, o valor médio das taxas de desemprego trimestrais subiu de 20%, em 2015, para 27,2%, em 2016. Entre os adultos de 25 a 59 anos e os mais idosos, acima de 60 anos, também houve elevação no valor médio das taxas de desemprego trimestrais para o ano de 2016.

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Para os adultos, a variação das taxas de desemprego, entre 2016 e 2015, foi de 2,2 %, fechando o último trimestre de 2016 com a taxa em 9,1%. Para a população mais idosa, a variação foi de 1,1%, chegando a 3,4%.

Emplacando menos

A venda de automóveis novos caiu 3,7 % em abril na comparação com o mesmo mês de 2016, com 156,9 mil unidades emplacadas, segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na comparação com março deste ano, a queda nas vendas em abril chega a 17,1%. Uma das causas para a redução, segundo o presidente da Anfavea, Antonio Megale, foi a quantidade de dias úteis em abril deste ano por causa dos feriados e da greve geral da última semana. “Estamos na tendência da estabilização, mas ainda não chegamos lá”. No acumulado do ano até abril, as vendas de automóveis novos caíram 2,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2016, apesar de a produção ter crescido 20,9% no mesmo período.

Inflação caiu pouco

A inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), ficou em 0,11% em abril deste ano, abaixo da taxa de 0,56% de março. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o indicador acumula taxas de 1,30% no ano e de 3,64% em 12 meses.

União investiu menos

O corte de gastos do governo federal para cobrir o rombo no orçamento castigou os investimentos e deixou alguns órgãos praticamente à míngua. Entre janeiro e abril, o volume de pagamentos feitos pela União caiu para menos da metade em relação a igual período de 2016, de R$ 19,1 bilhões, para R$ 8,1 bilhões. Trata-se do menor valor aplicado no período desde 2009, segundo levantamento da ONG Contas Abertas. Boa parte dos pagamentos feitos até abril refere-se a orçamentos de anos anteriores e que não foram gastos dentro do próprio exercício. Apenas 24% do volume desembolsado no período é do orçamento atual.

Empurrando a Previdência

O governo fará nos próximos dias uma amplo trabalho de divulgação para explicar à população os objetivos e efeitos da reforma da Previdência, de acordo com o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy. No domingo, o presidente Michel Temer reuniu ministros e o relator da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), no Palácio da Alvorada, para discutir a reforma.

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“Vamos fazer uma comunicação que permita levar ao conhecimento dos brasileiros a necessidade definitiva da reforma e também o que ela se propõe que é equilibrar as contas, mas acima de tudo, se propõe a combater privilégios e fazer com que as pessoas mais pobres e vulneráveis sejam protegidas”, disse Imbassahy.

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