Produção cai

quarta-feira, 03 de maio de 2017

Produção cai

A produção industrial recuou 1,8% em março na comparação com fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os vilões desse resultado foram os segmentos de veículos automotores, reboques e carrocerias e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos. O resultado de março representa o terceiro mês seguido do ano sem qualquer reação. Em janeiro, havia diminuído 0,4% e, em fevereiro, teve variação nula.

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Também colaboraram para o resultado ruim os segmentos de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,3%); as indústrias extrativas (-1,1%), de máquinas e equipamentos (-4,9%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,4%), de móveis (-11%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) e de produtos de metal (-3,2%).

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Na contramão da crise do setor, nove ramos ampliaram a produção nesse mês. Merece destaque, segundo o IBGE, o desempenho do ramo de produtos alimentícios (1,3%), que eliminou parte do recuo de 2,4% verificado em fevereiro de 2017.

Boleto em qualquer banco

Um novo sistema para pagamentos de boletos começará a funcionar em julho. Com o novo sistema, o boleto, mesmo vencido, poderá ser pago em qualquer banco. Além disso, o cálculo de juros e multa do boleto atrasado será feito automaticamente, o que reduzirá a necessidade do cliente ir a um guichê de caixa e eliminará a possibilidade de erros no cálculo. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está apresentando o novo sistema para empresas e jornalistas em várias cidades. O diretor adjunto de Operações da Febraban, Walter Tadeu, lembrou que a nova plataforma vem sendo desenvolvida desde o ano passado, devido ao elevado número de fraudes em boletos. “A Nova Plataforma vai trazer mais segurança”, disse Tadeu. Ele acrescentou que o sistema atual tem mais de 20 anos de existência.

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Tadeu explicou que as informações de todos os boletos emitidos pelos bancos estarão na nova plataforma única, criada pela federação em parceria com a rede bancária. Na hora de pagar o boleto, os dados serão checados na plataforma. Se houver divergência de informações, o pagamento não será autorizado, e o consumidor só poderá pagar o boleto no banco que emitiu a cobrança, uma vez que somente essa instituição terá condições de conferir o que for necessário. De acordo com a Febraban, a nova plataforma vai reduzir fraudes na emissão de boletos de condomínios, escolas e seguradoras, por exemplo.

Materiais de construção

O comércio varejista de materiais de construção vendeu em todo o país 15% menos em abril em relação a março, mas no acumulado desde janeiro o setor ampliou os negócios em 3%. Nos últimos 12 meses, o resultado é de uma queda de 8%. Os dados são de pesquisa mensal da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que apurou o desempenho de 530 lojistas nos últimos cinco dias de abril. Comparado com abril de 2016, o resultado é de estabilidade, segundo a entidade. Por meio de nota, o presidente da Anamaco, Cláudio Conz, atribuiu o recuo sobre março à concentração de feriados em abril. Ele acrescentou que, tradicionalmente, esse período é de vendas mais modestas.

Dia das Mães

Pesquisa de intenção de compras da Associação Comercial de São Paulo revela que 47% dos brasileiros pretendem comprar presentes neste Dia das Mães (próximo dia 14). Entre os itens preferidos, vestuário e calçado seguem no topo da lista de presente. "Isso sugere que neste Dia das Mães o comércio deverá vender a mesma quantidade [que no ano passado], ou seja, o crescimento será próximo de zero, com ligeiras variações para mais ou para menos", afirma o presidente da associação comercial paulista, Alencar Burti. "Isso não é uma má notícia, pois o empate indica que o pior já passou. O varejo parou de cair para entrar na estabilidade e, posteriormente, iniciar o caminho da recuperação", acredita ele.

Mudança de hábito

Dois anos seguidos de recessão mudaram a forma de o brasileiro consumir itens de alimentação, higiene e limpeza. Em 2016, 42% das famílias trocaram marcas caras pelas mais baratas e essa foi a saída número um apontada pelos consumidores para adequar o consumo à crise. Os dados fazem parte da pesquisa de painel de consumo da consultoria Nielsen, apresentados ontem na 33ª edição da feira da Associação Paulista de Supermercados, a Apas Show. A consultoria visita quinzenalmente 8,2 mil lares no País.

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“A fatia de domicílios que trocou de marca mais que dobrou em dois anos”, disse Daniela Toledo, da Nielsen. Em 2014, quando o País entrava na recessão, 20% dos lares trocaram de marca. Ela ressaltou também que, em 2014, quando esse quesito foi levantado, essa era a 6ª opção usada para economizar. Além da grande parcela que substituiu marcas, em 2016, 22% dos brasileiros resistiram: compraram menos, mas mantiveram as marcas preferidas. Também 7% reduziram alimentação fora de casa e lazer e 5% diminuíram itens de vestuário.

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