O Circuito Tiradentes — uma caminhada de 10 quilômetros pelo distrito de Amparo — vai ser percorrido nesta sexta-feira, 21, feriado nacional em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, ativista político enforcado e esquartejado, em 1972, durante a luta pela separação do Brasil do domínio de Portugal. O grupo vai caminhar do coreto da praça do distrito de Nova Friburgo, às 9h, em direção ao Sítio Coqueiro.
“A caminhada é moderada. São cinco quilômetros de subida e mais cinco de descida. Todos receberão orientações sobre o percurso antes da caminhada. No sítio, faremos sorteios de brindes e também haverá uma palestra. É uma ótima oportunidade para fazer amigos, se exercitar e curtir as belezas naturais de Nova Friburgo”, disse o presidente da Anda Friburgo, André Ricarte. Outras informações pelo telefone (22) 99821-1626
No período da tarde, no mesmo dia, a Associação dos Amigos e Moradores do Amparo (Assamam) vai realizar um evento, às 15h, para crianças no loteamento Tiradentes. Serão distribuídos brinquedos e lanches para a garotada. O circuito e o evento na localidade que levam o nome do herói nacional ocorrem por causa de uma história famosa de que Tiradentes teria passado por Amparo, durante a Inconfidência Mineira.
A história, porém, não é bem essa, segundo a historiadora e professora da Universidade Cândido Mendes, Janaína Botelho. No seu no seu blog História e Memória de Nova Friburgo, mantido em A VOZ DA SERRA, ela conta uma versão mais próxima da realidade: a localidade foi o “amparo” de um inconfidente mineiro chamado Jerônimo de Castro e Souza. Ele teria sido camarada de armas de Tiradentes, antes de se refugiar em Amparo durante a conspiração em Minas Gerais.
Janaína também conta que Jerônimo se tornou um delator de Tiradentes. Ele denunciou o colega e, como recompensa, foi nomeado 1° tabelião da Vila de Cantagalo, em 1815. Neste período, Amparo pertencia ao território da cidade vizinha. “Logo, Amparo foi o ‘refúgio’ de um traidor e não, o ‘amparo’ de um inconfidente perseguido pela Justiça portuguesa. No entanto, Jerônimo conseguiu que os moradores da recém-criada Vila de Nova Friburgo acreditassem em sua versão de inconfidente perseguido”, conta a historiadora.
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