Preços diminuem

sexta-feira, 07 de abril de 2017

Preços diminuem

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu 0,25% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. É o menor valor registrado para o mês desde 2012. Com esse resultado, os três primeiros anos de 2017 registraram aumento de preços de 0,96%, o menor desde o início do Plano Real, em 1994. Em fevereiro, o IPCA havia subido 0,33%, e teve alta de 0,43% em março do ano passado.

Páscoa com menos dinheiro

Os consumidores pretendem gastar menos com ovos e presentes na Páscoa deste ano. Levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais mostra que 39% querem gastar menos neste ano do que na Páscoa de 2016. Esse cenário, segundo a pesquisa, se deve a fatores como a alta nos preços dos ovos de chocolate e ao desemprego. Entre os entrevistados, a percepção de que o preço dos ovos aumentou é grande: 56% compartilham da sensação.

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No total, 57% dos brasileiros vão presentear alguém nesta Páscoa. Três em cada dez (28%) estão indecisos e 15% disseram que não comprarão nada. Entre os que não vão fazer compras, os motivos mais citados são o endividamento e a priorização de dívidas (22%). A falta de costume ou o fato de não gostarem da data (18%) e o desemprego (17%) completam a lista de justificativas. A pesquisa ainda revela que a média de gasto para esse ano deve ficar em torno de 140 reais.

Situação de miséria

A crise social do Rio tem números dramáticos. Segundo dados da secretaria de Assistência Social do município, 1.000 crianças entram em situação de miséria por mês. A linha de pobreza é definida para famílias em que a renda per capita não ultrapassa os 85 reais mensais. Em dezembro de 2016, a secretaria contabilizou cerca de 97.000 crianças nesta situação. Em março, o número já havia saltado para os 100.000. 

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O mês registrou ainda quase 1,3 milhão de inscritos no cadastro único, sistema que mapeia pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza na cidade. A secretária da pasta, Teresa Bergher, afirma que está em preparo uma série de ações emergenciais, como a entrega de cestas básicas.

Março no vermelho

Pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que, em março, três em cada dez consumidores afirmaram que fecharam o mês “no vermelho”, sem condições de pagar todas as contas. Conforme o levantamento, que analisou a propensão ao consumo em 12 capitais do país, apenas 15% dos entrevistados tiveram sobra de dinheiro no mês passado.

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Conforme o levantamento, 46% dos entrevistados disseram ter fechado o mês de março no “zero a zero”, ou seja, sem falta, mas também sem sobra de dinheiro. Dos 15% que encerraram o terceiro mês de 2017 “no azul”, 12% afirmaram ter a intenção de poupar a sobra e 4% pretendem gastar o dinheiro extra.

Gás mais barato

A Petrobras reduziu em 4%, em média, os preços de comercialização do gás liquefeito de petróleo (GLP) destinado aos usos industrial e comercial. A redução entrou em vigor hoje e atinge também a venda a granel às distribuidoras. Já os preços de GLP para uso residencial, vendido em botijões de até 13 quilos, conhecido como gás de cozinha, não terão alteração. O último reajuste deste produto ocorreu no dia 17 de março, quando a companhia anunciou aumento médio de 9,8%, que entrou em vigor no último dia 21.

Saques superam depósitos

Os saques na poupança superaram os depósitos pelo terceiro mês seguido. Em março, a retirada líquida (descontados os depósitos) foi de R$ 4,996 bilhões, informou o Banco Central (BC). A perda de recursos foi a menor para o mês de março em três anos. No mesmo mês de 2015, a retirada líquida foi de R$ 11,44 bilhões e em março 2016, de R$ 5,38 bilhões. Nos três primeiros meses de 2017, a caderneta de poupança registrou retiradas líquidas de R$ 17,4 bilhões, perda de recursos menor que os R$ 24,05 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.

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Desde o início da recessão econômica, em 2015, os investidores têm retirado dinheiro da caderneta para cobrir dívidas num cenário de queda da renda e de aumento de desemprego. Em 2015, R$ 53,5 bilhões foram sacados da poupança, a maior retirada líquida da história. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões.

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