Cultura dá dinheiro

quinta-feira, 06 de abril de 2017

Cultura dá dinheiro

O Ministério da Cultura lançou nesta semana os dois primeiros volumes do Atlas Econômico da Cultura Brasileira. A publicação, que terá seis partes, visa estabelecer uma padronização para medir a participação da cultura no Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas em um país). No primeiro volume, o Atlas traz a estimativa de que os setores culturais brasileiros representavam, em 2010, cerca de 4% do PIB anual do país.

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"O fato de termos a dimensão econômica da cultura pouco contabilizada leva a certa descrença do próprio governo de que o setor tenha um grande impacto econômico. O Atlas vai mostrar o quanto do que se produz de riqueza vem da área cultural, o que levará à conscientização do governo de que, em vez de se cortar recursos da cultura em um momento de crise, é importante fazer o contrário: investir em cultura para movimentar a economia e fazê-la crescer", disse o ministro da Cultura, Roberto Freire.

Passagens pela internet

Em 2016, sete milhões de passagens de transporte rodoviário foram comercializados por meio da internet no país. Para esse ano, a expectativa da ClickBus é de que o total vendido por esse meio chegue a 10 milhões de tickets. A empresa comercializa passagens de mais de 100 empresas de ônibus do Brasil pela internet. Apesar da alta, 95% dos consumidores ainda preferem comprar as passagens em guichês e outros pontos físicos. Só 5% compram pela internet.

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O número de adeptos da compra online deve aumentar ao longo dos anos, acredita a ClickBus. O setor, que estreou no e-commerce em 2010, enumera algumas vantagens da plataforma: a conveniência de evitar filas e a tranquilidade no momento da compra. A expectativa do setor é faturar mais de R$ 916 milhões em 2017, ante uma receita de R$ 743 milhões em 2016.

Cartão reforma

O Senado aprovou a medida provisória (MP) que cria o Cartão Reforma, uma linha de crédito para que famílias de baixa renda comprem materiais de construção para reforma, ampliação, promoção da acessibilidade ou conclusão de imóveis. O valor do benefício pode chegar a R$ 9 mil por família. O texto segue para a sanção presidencial.

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Segundo a proposta, têm direito ao Cartão Reforma famílias com renda de até três salários mínimos, o equivalente a R$ 2,8 mil por mês. O valor destinado a cada uma varia entre R$ 2 mil e R$ 9 mil, com distribuição operacionalizada pela Caixa Econômica Federal. Os beneficiários receberão o valor na forma de crédito para usar na compra dos produtos. De acordo com o texto aprovado, o beneficiário do Cartão Reforma não poderá acumular outros subsídios de programas habitacionais do governo.

Decoração em alta

As pequenas e grandes empresas lucram cada vez mais com o mercado de decoração. Segundo a Associação Brasileira de Design de Interiores, o setor teve um crescimento de quase 500% nos últimos anos. Dados do Pyxis Consumo, ferramenta de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, apontou que apenas em itens de cama, mesa e banho, os brasileiros gastaram, no ano de 2014, cerca de R$ 10,05 bilhões em produtos, o que equivale a um gasto de R$ 59,05 por habitante no ano, representando 6% a mais em gastos do que em 2013.

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De acordo com especialistas, a ascensão da classe C tem sido um dos motivos do aumento da demanda das empresas que fazem parte do setor de decoração. Segundo a mesma pesquisa, a nova classe média possui o maior potencial de consumo, correspondendo a 54% dos domicílios e respondendo por 42% desses gastos, o que resulta em cerca de R$ 4,20 bilhões. Na sequência, o índice aponta a classe B com um consumo estimado em R$ 3,90 bilhões, 39% do total projetado para o ano.

Rombo no Comperj

O Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de irregularidades de R$ 544 milhões nas obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O TCU vai fazer uma tomada de contas especial para analisar os contratos e quantificar os danos e apurar responsabilidades pelos indícios de sobrepreço nos contratos. Os valores foram apurados em duas fiscalizações, uma em 2010 e outra em 2015. Os ministros determinaram, de forma cautelar, a indisponibilidade de bens das construtoras suspeitas de irregularidades. A medida vai valer por um ano e deve alcançar os bens considerados necessários para garantir o integral ressarcimento dos danos. Entre as empresas estão a Queiroz Galvão, a Techint Engenharia, a Iesa Óleo e Gás, a Alusa Engenharia, a Skanska Brasil, a Promon Engenharia, a Engevix Engenharia e a Galvão Engenharia.

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