A Polícia Civil decidiu manter a greve da categoria até a próxima assembleia, marcada para o dia 24 de abril, quando o assunto será novamente discutido. Os servidores tomaram a decisão nesta segunda-feira, 27, durante assembleia na Tijuca, Zona Norte do Rio. Eles pedem melhores condições de trabalho e o pagamento do 13º salário de 2016 e das gratificações dos servidores da área de segurança. A paralisação começou em janeiro.
“A greve vai continuar nos moldes em que ela se encontra hoje, com atendimento às ocorrências de natureza grave e urgente”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (Sindpol), Márcio Garcia.
Representantes da Polícia Civil se reuniram, mais cedo, com o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, para discutir os vencimentos atrasados, mas, segundo Pezão, a definição sobre a data de pagamento das gratificações e do 13º do ano passado depende da aprovação do Plano de Recuperação Fiscal do estado, pelo Congresso Nacional. Se aprovado, o governo federal vai emprestar dinheiro ao estado e vai adiar por três anos pagamento da dívida do Rio com a União.
O texto do plano pode ser aprovado nesta quarta-feira, 29, pela Câmara. Ainda não há data para a discussão do tema no Senado. Durante a reunião, o governador enfatizou que o pagamento dos salários dos servidores da categoria estão em dia, porque a segurança pública é prioridade em seu governo. Os funcionários da educação também recebem em dia, enquanto os demais estão com os salários parcelados. No início deste mês, o governo pagou parte do extra atrasado dos policiais, durante o carnaval.
Em Nova Friburgo, a 151ª DP também aderiu ao movimento de greve desde janeiro, mas, segundo o delegado titular Marcello Braga Maia, a paralisação é parcial. Os agentes da delegacia estão atendendo ocorrências mais simples, fora da listagem daquelas consideradas graves pelo sindicato. “Somente extravios de documentos, pedimos que seja feito o registro no site (https://dedic.pcivil.rj.gov.br) da Polícia Civil”, disse.
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