ENTIDADES da gestão turística fluminense e autoridades públicas falam maravilhas do potencial apresentado pelo Estado do Rio em termos de recepção ao turista, das nossas belezas naturais e da infraestrutura de hotelaria e serviços. Para muitos, o Rio é um encanto. Porém, para os que vivem da economia do turismo fora da capital, o cenário não é tão maravilhoso assim.
DOS 92 municípios do Estado do Rio, poucos possuem atrativos e condições que motivem o Ministério do Turismo a injetar recursos para o fomento da atividade. Nem o governo federal, nem o estadual, e, pouquíssimo, os governos municipais ainda não despertaram para o filão dessa economia que não polui, gera empregos e aumenta a renda das cidades do interior.
APENAS quatro cidades estão sendo avaliadas como de grande atratividade para o turismo no interior do estado: Búzios, Paraty, Petrópolis e Angra dos Reis. Tais municípios já compreenderam a importância da atividade e investem no setor, recebendo, portanto o aceno governamental e, obviamente, ganharão mais recursos para o desenvolvimento do turismo. Faltam ainda 87 cidades, fora o Rio, que aguardam a boa vontade das autoridades.
O CASO friburguense é um bom exemplo. Há anos a cidade tateia sobre o turismo, buscando alternativas de crescimento, sonhando com um centro de convenções, folheteria e propaganda, sem, contudo, receber o fluxo de pessoas necessário ao fortalecimento da atividade. Fala-se muito em propostas, mas efetivamente nada aconteceu.
OS POLÍTICOS ainda não apresentaram propostas concretas de desenvolvimento turístico, como política pública de governo, organização e planejamento da atividade em termos profissionais. Trata-se, portanto, de uma área que não vem recebendo o apoio necessário para o seu crescimento. Não são propostas efetivas, são apenas palavras.
O GOVERNO que não pensar no turismo como alavanca para a economia municipal vai perder o bonde da história, cedendo lugar a outras cidades que entenderam a proposta e avançam na formulação de novas práticas. Nova Friburgo, que sonha com os seus 200 anos, a modernidade e o avanço tecnológico não pode ficar à margem desse crescimento. O turismo significa emprego, renda e qualidade de vida e quem não se aproveitar disso perde a corrida do desenvolvimento.
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