Colunas
Recorde histórico
Recorde histórico
Pela primeira vez na história, a participação das empresas na carteira de crédito do País ficou menor que o das famílias brasileiras. A mudança no perfil de empréstimos e financiamentos no sistema bancário foi provocada por dois fatores diferentes. De um lado estão as empresas com elevada capacidade ociosa que pararam de buscar crédito no mercado. Do outro, estão as companhias inadimplentes, que precisam se financiar - ou rolar dívidas - e não conseguem aprovação dos bancos. Levantamento feito pelo pesquisador do Ibre/FGV, com dados do Banco Central (BC), mostra que a inversão das posições ocorreu pela primeira vez em dezembro e se manteve em janeiro. No último mês de janeiro, 50,93% da carteira total de crédito referia-se a empréstimos e financiamentos para pessoa física e 49,07%, para empresas. Em janeiro de 2016, esses porcentuais eram de 47,38% e 52,62%, respectivamente.
*****
"Esse é um resultado muito estranho, fere a história e a lógica, já que o estoque de financiamentos para empresas nunca tinha sido superado pelo de pessoa física", destaca o estudo, atribuindo a mudança à pior recessão atravessada pelo país. "O crédito para pessoa jurídica decresceu, literalmente derreteu, caindo muitos pontos do PIB em um período muito curto."
Bandeira amarela
A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz em março será amarela, ou seja, com cobrança extra de R$ 2 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira amarela é ativada quando é preciso acionar mais usinas termelétricas, por causa da falta de chuvas. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas no mês de março ficou abaixo da expectativa anterior, o que levou a indicação de maior geração termelétrica como medida para preservar os níveis de armazenamento e garantir o atendimento à carga do sistema. Desde dezembro, a bandeira tarifária estava verde, sem custo extra para os consumidores. Na semana passada, a Aneel aprovou os novos valores para as bandeiras neste ano.
Energia mais barata
O custo da energia elétrica para a pequena e média indústria nacional no mercado regulado atingiu R$ 504 por megawatt-hora (MWh) no ano passado, de acordo com estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O resultado mostra uma queda de 10,7% em comparação a 2015, quando a energia custava para a indústria do país R$ 564,34 por MWh. A sondagem utilizou as tarifas disponibilizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
*****
Segundo a Firjan, a redução se deve à conjuntura econômica adversa, que permitiu diminuição da geração térmica e a substituição da bandeira tarifária vermelha pela verde. A entidade diz, entretanto, que o custo subiu 48,2% desde 2013, quando era R$ 340,10 por MWh, menor resultado da série histórica iniciada em 2010.
Empresas inadimplentes
O número de empresas inadimplentes aumentou 5,28% em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o indicador divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O crescimento do número de pessoas jurídicas negativadas perdeu força em 2016 – em janeiro do ano passado, a variação anual foi 13,52%. Levando em consideração os dados das cinco regiões brasileiras, o indicador demonstrou que o Nordeste teve o maior avanço do número de pessoas jurídicas negativadas em relação a janeiro do ano passado (6,70%), seguido pelo Norte (5,39%), Sudeste (5,29%), Centro-Oeste (4,47%) e Sul (3,17%).
*****
No entanto, o Sudeste teve a maior concentração de dívidas registradas pelas empresas – 43,72% do total de registros do país pertencem a empresas da região. Isso se explica pelo fato de a região ter a maior participação no PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos no país) brasileiro.
Telefonia mais barata
As chamadas locais e interurbanas de telefones fixos para móveis estão mais baratas desde o último sábado, 25. A redução das ligações locais vai variar entre 16,49% e 19,25%, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Já para as chamadas interurbanas a queda dos valores será de 7,05% a 12,01%. A redução das tarifas vai beneficiar cerca de 41,8 milhões de assinantes de telefone fixo, segundo dados da Anatel até dezembro do ano passado.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário