Vai ter bolo?

quarta-feira, 08 de fevereiro de 2017
Foto de capa
​Vai ter bolo? — A fotógrafa Regina Lo Bianco, autora do clique que ilustra a coluna de hoje, lembra que no próximo dia 14 completam-se seis anos desde que foram abandonadas as obras de construção de 54 casas populares no Loteamento Granja Spinelli. E aí, será que esse trabalho será concluído algum dia?

Para pensar

“Para o comerciante até a honestidade é uma especulação financeira.”

Charles Baudelaire

Para refletir

“Nenhuma herança é tão rica quanto a honestidade.”

William Shakespeare

Boa sorte

O prefeito Renato Bravo tem agenda cheia esta semana em Brasília.

O objetivo mais importante é conseguir mais recursos para a Saúde, inclusive solicitando que o governo federal assuma o já lendário hospital de oncologia da Ponte da Saudade, que tantas vezes serviu a interesses políticos, e até hoje ainda não saiu do papel.

Aliás...

Os anos passam, e a gente não se acostuma com o jeito como as coisas (não) funcionam no Brasil, e de modo especial no nosso Estado do Rio.

O hospital, afinal, já tinha todos os recursos previstos para sua construção depositados em conta, a maior parte deles vindos justamente de Brasília.

Não vale o que está escrito

Dizia-se, à época, que o dinheiro não poderia ser desviado para outras funções, mas quando a água chega ao pescoço, há sempre uma brecha a ser explorada.

Quando não há, cria-se uma.

Parênteses

O Massimo fica curioso para saber como é o sono de quem alimentou a crise através de corrupção, e agora vê tanta gente sofrendo porque a ganância foi tanta que matou a galinha dos ovos de ouro.

O pior é que devem dormir bem.

Sonho

Resta, contudo, uma esperança.

Fonte segura informa ao Massimo que a UFF manifestou interesse formal de adotar o hospital de oncologia como universitário, numa sinalização de que poderia também abrir um curso de medicina por aqui.

Ora, isso seria bom demais.

Fica a pergunta aos mais entendidos: as instalações da instituição em Nova Friburgo são compatíveis com a abertura do curso?

Em tempo

O Massimo enfatiza, como forma de estímulo a todos aqueles influentes o bastante para ajudar nesta missão.

Unir o funcionamento do hospital de oncologia à instalação de um curso federal de medicina em nossa cidade seria uma das melhores notícias já produzidas por aqui.

Não será fácil, mas eis aí um objetivo digno dos duzentos anos.

Cultura

Bravo também tem encontro marcado com uma equipe do Ministério da Cultura, em busca de apoio a projetos ligados ao bicentenário.

O prefeito, inclusive, pretende convidar o ministro Roberto Freire a visitar Friburgo na abertura dos festejos, no dia 16 de maio deste ano.

A propósito

Se alguém tiver um bom projeto para apresentar com relação aos duzentos anos, a Prefeitura os receberá até o dia 2 de março.

É bom se apressar.

Vizinho discreto

O Espírito Santo é geralmente aquele vizinho discreto, feliz, que vive a própria vida e que muitas vezes quase esquecemos que existe.

O que é uma pena, pois, com essa postura, muitos fluminenses deixam de conhecer um pedaço muito especial do Brasil, que é declaradamente amado pelos mineiros, por exemplo.

Lembrança seletiva

É uma pena, a rigor, que a mídia lembre-se do estado apenas diante de alguma notícia negativa, como no desastre ambiental do Rio Doce, ou agora, no terrível caos social provocado pela crise na secretaria de Segurança, onde se paga um dos menores salários do Brasil a policiais militares.

Aspas

“Se fosse no Rio de Janeiro ou em São Paulo, teríamos cobertura ao vivo, 24 horas. Mas o Espírito Santo tem histórico de ser mesmo ignorado. Não sejam cúmplices.”

Postado por Rafaela Venturim, no Facebook.

Alerta geral

A situação é dramática, a ponto de se aplicar toque de recolher.

E, como se fosse necessário sempre buscar vínculos com a realidade local para que nos sensibilizemos, cabe alertar para o fato de que a situação fluminense não é muito diferente, e o risco de vivermos algo semelhante no curto prazo é real.

Tragédia deprimente

O mais deprimente no caso capixaba, contudo, é observar que aquela mesma população que adora jogar tomates nos políticos que elege, corre para saquear estabelecimentos comerciais quando a oportunidade aparece.

O tipo de cena que embrulha o estômago de quem é honesto e ainda tem o lamentável efeito colateral de gerar neste público a simpatia pelas ideias de extrema direita, do tipo “tem que matar todo mundo”, ou “as pessoas de bem devem deixar o Brasil”.

Fala, leitor!

Diversos leitores escreveram ao Massimo nos últimos dias, e a coluna irá publicar as manifestações conforme a disponibilidade de espaço.

Na coluna de hoje, o leitor Antônio José de Araújo Fernandes volta a falar sobre as agressões sonoras que se repetem em nossas ruas, noite após noite.

Aspas (2)

“Voltando ao assunto da baderna de motos com escapamento adulterado, lembro que não são apenas alguns entregadores que exageram no barulho, mas também existem os motociclistas que passam na mesma hora e local todos os dias, insistindo em perturbar a paz de idosos, recém-nascidos, doentes e trabalhadores que necessitam descansar da luta diária para sobrevivência. Será que denunciando às autoridades estes locais e horários alguma providência será tomada?”

 

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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