Minha Casa é ampliado

quarta-feira, 08 de fevereiro de 2017

Minha Casa é ampliado

Famílias com renda de até R$ 9 mil poderão ter acesso aos financiamentos do Minha Casa, Minha Vida. Atualmente, o limite para participar do programa é R$ 6,5 mil. As faixas de renda do programa habitacional tiveram os limites reajustados em 7,69%, equivalente à variação da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que encerrou o ano passado em 6,57%, mais 1,12 ponto percentual. O programa tem condições de financiamento mais vantajosas que o crédito imobiliário tradicional. 

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A ampliação atinge as faixas 1,5; 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida. Com a mudança, o limite para a faixa 1,5 passará de R$ 2.350 para R$ 2,6 mil por família. Para a faixa 2, a renda de enquadramento passou de R$ 3,6 mil para R$ 4 mil e para a faixa 3, de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. O valor máximo dos imóveis que podem ser financiados pelo Minha Casa, Minha Vida também subiu, e varia de acordo com a localidade. No Rio de Janeiro, o teto passará de R$ 225 mil para 240 mil.

Restituição do imposto

A partir de 9h de hoje, 8, estarão disponíveis para consulta os lotes residuais de restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) referentes ao exercícios de 2008 a 2016. O contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet para saber se teve a declaração liberada, ou ligar para o número 146. O pagamento das restituições será feito no dia 15 de fevereiro. Segundo a Receita, serão beneficiados 115.831 contribuintes, em um total de R$ 250 milhões.

Veículos em queda

Segundo levantamento divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram produzidos 174,1 mil veículos no primeiro mês do ano, contra 148,7 mil em janeiro de 2016. O aumento de 17,1% na fabricação de veículos no país em janeiro, frente a igual período de 2016, não é reflexo da melhora no mercado interno, mas sim do balanceamento entre produção e estoques das montadoras. 
Nacionalmente, os emplacamentos de veículos, que são o melhor termômetro de vendas, caíram 5,2% na mesma comparação.

Alimentação investe menos

A indústria da alimentação no Brasil teve dois anos consecutivos de queda nos investimentos. O setor encerrou 2016 com R$ 9,034 bilhões em investimentos, retração de 14,3% ante 2015, ano em que já havia ocorrido queda de 10% ante 2014. Segundo o diretor de Economia da entidade Denis Ribeiro, o patamar de investimentos na média histórica do setor, em anos anteriores à crise, é da ordem de R$ 11,5 bilhões por ano. A queda em 2015 e 2016, diz, se justifica pelo cenário de instabilidade política e macroeconômica do Brasil, que deixou os planos de abertura de novas fábricas e ampliação de linhas “em banho-maria”, disse.

Lucro do Itaú

O Itaú Unibanco registrou lucro líquido recorrente de 5,817 bilhões de reais no quarto trimestre de 2016, montante 1,78% maior que o identificado um ano antes, de 5,715 bilhões de reais. Na comparação com os três meses anteriores, quando somou 5,595 bilhões de reais, o resultado foi 4% superior.

Casas na Europa

A valorização do real em 2016 reaqueceu a compra de imóveis por brasileiros na Europa. Especialista em transações imobiliárias, a Athena Advisers calcula um crescimento de 60% no montante gasto por lá no último ano. A empresa registrou uma injeção de 32,5 milhões de euros, quase 130 milhões de reais, na compra de propriedades europeias. O tumulto econômico europeu ajuda a explicar o fenômeno. Isso porque o real valorizou-se em 51% frente à libra desde o Brexit, plebiscito em que o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia. Com isso, Londres foi a cidade preferida dos brasileiros, seguida por Lisboa. A expectativa da empresa para este ano, aliás, continua otimista. Espera-se que as vendas em Portugal aumentem 30% até dezembro.

Salário do Dieese

O salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.811,29, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). É este o valor necessário “para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”, segundo a instituição. O cálculo é feito com base no valor da cesta básica mais cara, atualmente a de Porto Alegre. A última pesquisa do Dieese mostrou queda em 20 capitais e alta em 7. O salário mínimo “necessário” chegou a atingir R$ 4.026,17 em outubro, mas caiu todos os meses desde então, acompanhando a trajetória de queda da inflação. Ainda assim, os R$ 3.811,29 de janeiro representam cerca de 4 vezes o valor do mínimo, reajustado de R$ 880 para R$ 937 desde a virada do ano. 

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