Em 31 de janeiro de 1941, portanto há exatos 76 anos, na gestão do prefeito Dante Laginestra, um grupo de pessoas interessadas em disseminar o hábito da leitura - pelos livros, pela literatura, conhecimento - na comunidade friburguense inaugurou a Biblioteca Municipal de Nova Friburgo. A nova instituição municipal resultou da mobilização de amigos com o ideal comum de dispor de um espaço que atraísse crianças, jovens e adultos para a importância do conhecimento para a formação de um povo. Um desses idealistas foi o professor Décio Monteiro Soares, que veio a ser o primeiro diretor da Biblioteca. Por ela passaram grandes escritores como José Condé, Jorge Amado, J.G de Araújo Jorge, entre outros.
Para o secretário municipal de Cultura, Marcos Marins, a Biblioteca Municipal é um bem do povo friburguense. “Penso que cada friburguense, ao longo desses 76 anos, ao passarem por nossa biblioteca, absorveu a sabedoria que emana dos mais fraternos gestos do conhecimento humano. Da criança ao ancião, nossa biblioteca acalentou sonhos de um futuro melhor, e não haveria caminho mais certo senão pelos livros. Na atualidade, temos uma biblioteca ainda em processo de modernização. Precisamos gerenciar ações para informatização do espaço, assim como reestruturação do acervo, abrindo-o ao mundo digital, no mesmo passo em que incentivamos a leitura em cada escola, universidade e praça pública. Democratizar o acesso à leitura e cultura é preciso", declarou.
Em 1958, na gestão do prefeito Feliciano Costa, a bibliotecária e escritora Maria Margarida Liguori foi nomeada diretora, cargo que ocupou durante 40 anos, com reconhecida determinação. Na época, a biblioteca funcionava no Casarão (residência do Barão de Nova Friburgo) na Praça Getúlio Vargas, Centro. Em 2000, a sede foi transferida para o primeiro piso do prédio da Câmara de Vereadores (antiga sede do Banco do Brasil) , onde se encontra até hoje, um espaço confortável e adequado a atividades afins.
Em 2015, após cuidadosa reforma, foi reinaugurada e rebatizada de Biblioteca Municipal Margarida Liguori, em homenagem à sua titular mais duradoura. Considerada uma das 50 melhores do país, Dona Margarida construiu um acervo importante - hoje com mais de 30 mil exemplares - e desenvolveu projetos educacionais, culturais e sociais. Criou a sala infantil de leitura, o projeto "A biblioteca vai à escola", atividades sociais como a "Campanha gota de leite" que consistia na distribuição de enxovais a gestantes carentes e era mantido por doações da comunidade.
Segundo o secretário Marcos Marins, em data a ser ainda divulgada será apresentado o projeto que vem sendo elaborado para a Biblioteca para os próximos anos.
Mais informações: Rua Farinha Filho 50, Centro. Tel: (22) 2521 1761. Horário: de segunda a sexta-feira, das 08h às 19h.
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