O Instituto Politécnico da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em Nova Friburgo, adiou novamente o início das aulas do segundo semestre de 2016, agora, previsto para o dia 6 de fevereiro. O Fórum de Diretores da instituição decidiu na última sexta-feira, 27, que as unidades da universidade não podem começar as atividades devido à falta de recursos.
“Reafirmamos que o senso de responsabilidade continua a nortear as decisões aqui tomadas pelos signatários, que ratificam seu compromisso no cumprimento integral da missão desta universidade perante a comunidade universitária e a população do estado do Rio de Janeiro”, informa o comunicado assinatura pela reitoria e diretores.
O segundo semestre de 2016 que, por causa da greve do ano passado está atrasado, começaria na próxima segunda-feira, 30, mas foi adiado pela terceira vez. A Uerj tem uma dívida de R$ 360 milhões com servidores, cujos salários de dezembro e o 13º salário ainda não foram pagos, além dos fornecedores e empresas que prestam serviços de limpeza, manutenção e vigilância.
Em Nova Friburgo, técnicos-administrativos e professores do Instituto Politécnico estão em estado de greve. Os técnicos estão trabalhando em meio expediente. O atendimento é feito somente das 10h às 12h. Desde o início da semana, a fachada do prédio da unidade, no bairro Vila Amélia, está com faixas pretas e cartazes afixados em sinal de luto.
O IPRJ não consegue pagar as contas de água e energia elétrica em dia, e já soma uma dívida com a Energisa e Águas de Nova Friburgo que passou dos R$ 100 mil. O atraso nos repasses também está impedindo o pagamento de bolsas de iniciação científica, de mestrado e doutorado e, portanto, prejudicando projetos de pesquisa no instituto. Os terceirizados, porém, estão com salários em dia.
Na última terça-feira, 24, o governo divulgou nota em que reconhece a importância da Uerj e disse que tem concentrado esforços na busca de soluções para a superação do atual quadro de graves dificuldades enfrentadas pela instituição. O governo ainda detalhou que repassou apenas 76% do orçamento de 2016 para a universidade por causa da crise que derrubou a receita, mas reiterou que, nos últimos anos, deu aumentos de salários a professores e ampliou a oferta de bolsas para estudantes.
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