Números das dívidas

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Números das dívidas

O número de famílias com dívidas caiu 3,9% no ano passado, divulgou a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em contrapartida, o número de famílias com contas ou dívidas atrasadas (inadimplentes) aumentou 18,4% em comparação a 2015. Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de 2016.

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O levantamento mostra que apesar da redução no número médio de famílias endividadas em relação a 2015, os indicadores apresentaram alta no período, principalmente no terceiro trimestre do ano. Com isso, a parcela de famílias com contas ou dívidas em atraso aumentou em relação a 2015, atingindo 23,6% do total. Já o número de famílias inadimplentes (que não tiveram condições de pagar suas contas em atraso) alcançou 8,9% – um aumento de 25,2% em comparação com o ano anterior.

Cheques devolvidos

A quantidade de cheques devolvidos por falta de fundos em relação ao total de compensações chegou a 2,36% em 2016, segundo a empresa de análise de crédito Serasa Experian. A porcentagem representa o maior valor registrado na série histórica iniciada em 1991. No total, foram compensados 576,4 milhões de cheques no ano, dos quais 13,6 milhões voltaram por falta de dinheiro para pagá-los. A Serasa considera no cálculo apenas cheques que foram devolvidos pela segunda vez por esse motivo. Em relação às regiões, o Nordeste apresentou o maior percentual, com 4,66%, enquanto o Sudeste teve o menor, de 1,94%. O estado campeão em devoluções foi o Amapá, com 17,40%, enquanto o menor índice foi registrado em São Paulo (1,79%).

Brasileiros gastam menos

O gasto de brasileiros em viagens ao exterior recuou 16,5% em 2016 em relação ao ano passado, segundo o Banco Central. O montante passou de US$ 17,35 bilhões para US$ 14,49 bilhões. Já o gasto de estrangeiros no Brasil no ano em que o país sediou a olimpíada avançou 3,07% no período, indo de US$ 5,84 bilhões para US$ 6,02 bilhões.

Alimentos mais baratos

Os preços da batata, tomate e alface continuam caindo na maioria das centrais de abastecimento mostra o 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Centrais de Abastecimento (Ceasas), desenvolvido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Houve aumentos pontuais em alguns estados. As hortaliças que apresentaram alta nas cotações em praticamente todos os mercados foram a cebola e cenoura, o que já é fato característico para o período.

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Já entre as frutas, o grande destaque de queda de preços no período foi o mamão, que teve aumento da oferta em vários mercados e pouca demanda, em virtude das festas de fim de ano e da maior competição com outras frutas tradicionalmente solicitadas nessa época, o que contribuiu também para o aumento da exportação desse produto. 

Aumento da confiança

Depois das reformas econômicas propostas pelo governo, o Brasil começa a recuperar a confiança internacional. Em dezembro, US$ 15,4 bilhões em investimentos entraram no país. O valor foi um recorde para o ano e o maior desde dezembro de 2010, quando ingressaram US$ 20,4 bilhões. Com o aumento da confiança, as expectativas do Banco Central para a entrada de investimentos no país foram superadas. Enquanto a previsão era de US$ 70 bilhões no total de 2016, os ingressos somaram US$ 78,9 bilhões – um volume 12,71% maior que o previsto.

Planos de saúde recuam

Em 2016, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares teve uma baixa de 1,37 milhão de beneficiários, registrando uma queda de 2,8% em comparação ao ano anterior. Os dados constam na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A região Sudeste puxou a queda do total de beneficiários de planos médico-hospitalares em 2016. Do total de vínculos rompidos no Brasil, 1,1 milhão destes, o que equivale a 79,9%, se concentram no Sudeste. Apenas no estado de São Paulo, 630,3 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde. O número é maior do que a soma em todas as outras regiões do Brasil e equivale a 46,1% do total.

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