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Comércio não muda com Trump
FGTS total
O presidente Michel Temer declarou que não haverá limitação de valor para saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Temer deu a declaração em resposta a uma informação publicada sobre a possibilidade de retenção de parte do saldo do FGTS, em caso de extratos com "volumes expressivos". Em dezembro de 2016, o governo anunciou que os trabalhadores poderão sacar os valores das contas inativas até 31 dezembro de 2015. Os saques poderão ser feitos a partir de fevereiro. Contas inativas do FGTS são aquelas que não recebem mais depósito do empregador porque o trabalhador foi demitido ou saiu do emprego.
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O Ministério do Planejamento anunciará um calendário de saque com base na data de nascimento dos trabalhadores. De acordo com o governo, a medida tem potencial para injetar até R$ 30 bilhões na economia e estará disponível para 10,2 milhões de trabalhadores.
Correios na telefonia
A partir de fevereiro, os Correios vão começar a operar na área de telefonia móvel. O lançamento do projeto Correios Celular, em fase piloto, será feito em São Paulo. A ideia é que o projeto seja implantado gradualmente em Belo Horizonte e depois em Brasília. A meta da empresa é alcançar todos os estados do país até o fim de 2017. No primeiro ano de operação, a empresa vai oferecer somente planos pré-pagos, chips e recargas, mas estuda a viabilidade da oferta de planos pós-pagos a partir de 2018. Segundo os Correios, o objetivo é atender a clientes que estejam em busca de "serviços simples, práticos e prestados com transparência". A empresa informou que vai oferecer pacotes que estarão entre os mais baratos do mercado e aposta no diferencial de já ter uma ampla rede de atendimento.
De olho na Farmácia Popular
O Ministério da Saúde realizou uma força-tarefa com o objetivo de aperfeiçoar o programa Farmácia Popular, bem como evitar fraudes na venda de medicamentos. De acordo com o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), foram identificadas irregularidades recorrentes no que diz respeito a doenças de incidência raras em determinadas faixas etárias. Das auditorias realizadas em 2016, cerca de 40% tiveram relação com o programa e em apenas uma farmácia não foram detectadas irregularidades. Os processos indicaram devolução de quase R$ 60 milhões aos cofres públicos.
Telefonia diminui
O Brasil fechou 2016 com 244,06 milhões de linhas móveis em operação. A redução foi de 5,33% em relação a 2015, que representa 13,7 milhões de linhas. Os dados são da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Em comparação com novembro, dezembro de 2016 registrou uma queda de 4,3 milhões de linhas, o que representa redução de 1,76%. “Com preços menores das ligações de uma empresa para a outra, os consumidores cancelaram os chips de diferentes prestadores. A desaceleração econômica também contribuiu para encolhimento da base de acessos móveis”, diz o órgão. Nos últimos 12 meses, três grupos tiveram perdas de linhas móveis: Oi (12,32%), América Móvil – Claro S.A (8,8%) e Telecom Itália – Tim (4,25%). Já a Vivo teve uma leve alta de 0,70% no período.
Consumo estável
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu 76,2 pontos este mês, em escala de 0 a 200. O resultado representa estabilidade ante dezembro, mas é 1,7% inferior a janeiro de 2016. O desempenho ainda se posicionou abaixo dos 100 pontos. Isto, na prática, indica percepção de insatisfação com as condições correntes.
Comércio não muda com Trump
Apesar de eventual postura protecionista que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, venha a adotar, o comércio com o Brasil deve se manter equilibrado, avalia Deborah Vieitas, CEO da Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham). A entidade tem cinco mil empresas associadas, sendo 85% brasileiras. Com a economia em crise, o Brasil reduziu em 30% o volume de importações do país norte-americano desde 2013, quando foram importados US$ 36 bilhões. Ainda assim, a balança comercial entre os dois países foi desfavorável para o Brasil em 2016, com saldo negativo em US$ 646 milhões (foram US$ 23,8 bilhões em importações e US$ 23,1 bilhões em exportações).
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