Massimo — 14/01/2017

sábado, 14 de janeiro de 2017
Foto de capa
Linda Friburgo — A foto que ilustra a coluna deste fim de semana foi feita na tarde de sexta-feira, 13. Em meio à forte chuva, que olhava para o Morro da Cruz, via apenas um paredão de água e nuvens brancas. Porque Friburgo é surpreendente e linda sob qualquer clima.

Para pensar

“Ao examinarmos os erros de um homem, conhecemos o seu caráter.”

Confúcio

Para refletir

“Deve-se julgar da opinião e caráter dos povos pelo dos seus eleitos e prediletos.”

Marquês de Maricá

Parece piada

Diz o dito popular que “alegria de pobre dura pouco.”

Mas na atual conjuntura, pode substituir pobre por professor, que o sentido não será alterado não.

Vergonha.

Imitando a arte

Respaldados pelos recursos do Fundeb, cerca de 80 mil servidores estaduais da ativa ligados à educação receberam seus salários de dezembro nesta sexta-feira, 13.

E, para não ficarem alheios ao clima de terror que a data inspira, tiveram a surpresa de ver que os vencimentos sofreram descontos significativos.

Entenda

Tudo remonta a 2011, quando o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro buscou na Justiça o direito de receber a contribuição de aproximadamente 107 mil funcionários estaduais ativos, subordinados a entidades que aparentemente não possuem registro sindical definitivo junto ao Ministério do Trabalho.

No fim de dezembro o sindicato conseguiu vitória sobre a Procuradoria Geral do Estado (PGE) no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e a conta chegou agora.

Dúvidas

Os altos valores debitados, contudo, sugerem que o desconto pode ter sido retroativo - diversos professores, por exemplo, foram descontados em mais de R$ 300.

E não para por aí: até onde o colunista foi capaz de apurar, os profissionais vinculados ao Sepe também tiveram a mesma surpresa.

A situação é inacreditável.

Diz aí

Se algum representante do bendito sindicato quiser explicar o que a entidade fez de tão importante por esta e outras classes ao longo do período, que seja capaz de justificar tamanha devassidão num momento em que diversos servidores têm lutado bravamente contra a ideia do suicídio, o colunista terá prazer em publicar.

 

Fala, leitor!

“A população de idosos e idosas nesta cidade está aumentando numa progressão geométrica. Por isso quero tornar público que é necessário e urgente a construção de um bem claro e espaçoso centro de convivência onde os idosos e idosas se sintam bem acolhidos. Existe um centro de convivência, mas é um lugar nada higiênico, principalmente os banheiros e a cozinha. Quero crer que se for pedida uma ajuda financeira aos bancos desta cidade é provável que eles ajudem na construção de um melhor espaço para a convivência dos idosos e das idosas.”

Assina a mensagem o leitor João Martinho Alves Ferreira.

Crem

Diversos leitores entraram em contato com a coluna para protestar contra o que chamaram de “processo de desconstrução do Centro de Referência da Mulher (Crem)” em Nova Friburgo.

Dada a gama de serviços prestados pelo aparelho nos últimos anos, o colunista abre espaço para explicações sobre o futuro destas atividades, e também dos servidores envolvidos.

Crueldade

É evidente que, se dependesse da vontade do governo federal, nenhum trabalhador teria acesso ao seguro-desemprego, especialmente na atual conjuntura.

Ainda assim, é triste constatar a forma sorrateira e indigna como tal orientação se manifesta.

Desfaçatez

Em resumo, o trabalhador precisa agendar o atendimento pela internet, mas quase nunca consegue concretizar a operação.

Basta pesquisar em páginas sobre o tema, para ver que o problema é geral.

Em Nova Friburgo, graças também à greve dos fiscais do Ministério do Trabalho, há pessoas que teriam direito ao benefício desde outubro, e até agora nem ao menos conseguiram dar entrada.

Postura legislativa

Após denunciar na coluna de sexta-feira, 13, a mobilização de personagens duvidosos no sentido de implantar novas OSs (Organizações Sociais) na rede de saúde pública friburguense, o Massimo tem a satisfação de notar que o clima nos bastidores da Câmara Municipal - a exemplo do que já havia acontecido na legislatura passada - é de resistência à medida.

Ponto a favor dos vereadores.

Fins e meios (1)

Começam, aos poucos, a aparecer alguns pontos do pacto costurado entre o Palácio Guanabara e o Palácio do Planalto, pomposamente chamado de equilíbrio fiscal.

A Cedae provavelmente será dada à União como garantia, e em seguida privatizada.

O Rio, por sua vez, deve ficar sem pagar sua dívida por até três anos, e ainda pode receber alguma estrada federal, também para privatização.

Fins e meios (2)

A iniciativa privada, contudo, só entra na história se o negócio for bom, e parece evidente a esta altura que tanto o estado deverá perder uma boa fonte de renda (a própria Cedae), quanto o contribuinte terá novas frentes de despesa pela frente.

Porque os meios pouco importam. No fim, essa conta será mesmo paga pelo povo.

Mais uma vez.

Pode isso, Arnaldo?

Morador da Rua Portugal que prefere ter sua identidade preservada pede ajuda ao Massimo para perguntar ao governo municipal se a grande quantidade de carros habitualmente estacionados na rua têm autorização para ali ficarem.
O leitor enviou diversas fotos da situação descrita, mas a coluna prefere ouvir a Smomu a respeito primeiro, para não correr o risco de ser injusta com ninguém.

 

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Coluna diária sobre os bastidores da política e acontecimentos diversos na cidade.

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